Jogo é jogado, então não descarte a Ponte Preta em Chapecó
O futebol mostrado pela Ponte Preta diante do organizado Criciúma não ficou devendo nada àquilo que foi visto pela Chapecoense contra o Londrina.
Quem viu a goleada da Chapecoense sobre o Londrina, por 3 a 0, sabe que 'é jogo pra Ponte somar pontos”, mesmo na Arena Condá
Campinas, SP, 24 (AFI) – Sei lá eu quanto tempo assino diariamente o Blog do Ari, em plataformas do portal Futebol Interior. Certamente há mais de uma década, tempo suficiente para dar mostras de imparcialidade ímpar, de não me enfileirar ao puxa-saquismo aos clubes de Campinas, até porque quem quer o bem deles adverte quando necessário, e se junta para mostrar caminhos alternativos.
Já revelei ‘centas’ vezes o privilégio de ter trabalhado e assimilado, enquanto repórter, com treinadores da ‘estirpe’ do saudoso Otacílio Pires de Camargo, o Cilinho, que enxergava futebol dez anos à sua frente.
A capacidade do então comandante Dino Sani de aprimorar o aspecto técnico do atleta impressionou discípulos ávidos de aprendizagem, pois, entre outras coisas, mostrou ao então centroavante Chicão, da Ponte Preta, o tempo para se chegar em bola cruzada, e como acertar um sem-pulo fora do alcance do goleiro.
Carlinhos, aquele volante dos anos 60 do Flamengo, que posteriormente se transformou em treinador, já comandava treinos em campo reduzido e com um toque na bola para cada boleiro nos anos 90, estilo absorvido pela maioria anos depois. O jeito gestor do saudoso Zé Duarte, aliado à capacidade de temperar estilo do atleta à sua plataforma tática resultaram em aplaudida carreira. E por aí vai.
ESSÊNCIA PREVALECE
Sim, o futebol mudou, ficou retranqueiro, chato, mas a sua essência não. Quem se aprimora para enxergá-lo, ter acompanhamento das peças do tabuleiro, pode se expor. Pode, não. Deve. Nesta regra, é atribuição do analista que repasse as opiniões filtradas em uma partida, pois, em última análise, remete o agente receptor à reflexão da mensagem.
Se a linha editorial do blog é futebol de Campinas, não me cabe assistir jogos dos grandes de São Paulo em horário justamente em que também está em campo o próximo adversário da Ponte Preta, caso da Chapecoense.
PARCEIROS DIVERGEM
Cabe esclarecer que o blog é publicado em suas plataformas: na home do portal Futebol Interior e outra adicional, no link https://blogdoari.futebolinterior.com.br/, onde internautas postam comentários.
O parceiro e bugrino Léo-PR, que já deu mostras de ‘enxergar futebol’, igualmente não se iludiu com a goleada da Chapecoense sobre o Londrina, porque assistiu ao jogo, e revelou que ‘é jogo pra Ponte somar pontos”.
Não cravei exatamente isso, mas pontuei que o futebol mostrado pela Ponte Preta diante do organizado time do Criciúma não ficou devendo nada àquilo que foi visto pela Chapecoense. Mostrei alguns pontos vulneráveis do time catarinense que, se bem explorados, podem surtir efeito, por que não?
DIVERGÊNCIA
Neste democrático espaço o parceiro Carlos Agostinis, bugrino que há anos é participante do espaço, discordou. “O Ari fica aí jogando confete, dizendo que a Chape não mostra perigo, que dá pra ganhar e blá blá blá blá, vai levar bicho de novo, e será pra lá de três. O Londrina é bem melhor que esse time, e levou pau lá!.”
Provavelmente o parceiro Agostinis não assistiu este jogo de Chapecoense e Londrina, primeiro para avaliar que o Londrina é melhor que a Ponte Preta.
Talvez, no habitual bate-papo em família num domingão, não prestou a devida atenção que o lateral-esquerdo Cristiano, da Chapecoense, se assemelha a Jean Carlos, da Ponte Preta, na marcação, ou seja: deficiente neste quesito, que pode ser explorado com sabedoria pelo treinador interino Felipe Moreira, do time pontepretano.
Tudo que foi avaliado naquele jogo, Agostinis, não significa favoritismo para quaisquer dos lados.
Todavia, não será absurdo imaginar a Ponte Preta surpreender em Santa Catarina. Reafirmo: não será.
MEMÓRIAS DO FUTEBOL
No link https://blogdoari.futebolinterior.com.br/ está atualizada a coluna de áudio Memórias do Futebol, cujo personagem da semana é o ex-meio-campista Hernanes, que fez sucesso no São Paulo e há um ano saiu de cena no futebol.
