Grupo de jogadores brasileiros no Sudão sofre com guerra, e pede ajuda ao Itamaraty
“O governo brasileiro tem mantido coordenação com outros países que também têm cidadãos em território sudanês sobre ações coordenadas de assistência, a serem eventualmente implementadas a partir do momento em que as condições de segurança permitirem”, disse o Itamaraty
Atletas do Al-Merreikh tem a intenção de voltar ao Brasil, e esperam ajuda do governo nacional
Campinas, SP, 19 (AFI) – O Sudão, país do Norte da África, vive atualmente momentos de tensão por toda região. Habitado por cerca de 45 milhões de pessoas, o país transformou sua capital Cartum em território de guerra, desde fim de semana passado. Com tiroteios iniciados no último sábado (15), a cidade sofre as consequências do conflito entre o Exército e o general Abdel Fatah al Burhan, líder do país africano, contra os paramilitares das Forças de Apoio Rápido (RSF), do general Mohamed Hamdan Dagalo, conhecido como Hemedti.
Isso, começou em 2021, quandos os dois grupos eram aliados e conseguiram dar golpe de Estado, em que tiraram os civis do poder. Agora, o drama é por causa da ruptura entre as partes, que lutam uma contra a outra pelo comando do Sudão.
Após tentativas, o grupo paramilitar conseguiu entrar na capital e assumiu o controle do palácio presidencial, da residência do chefe do Exército e outras dependências ao redor de Cartum. Com a invasão, a guerra bélica se intensificou. O dado até agora é que mais de 1.800 pessoas foram feridas nos combates, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU).
AL-MERREIKH
Com a situação desumana no país, as pessoas sofrem para sobreviver. A população está tocada nas casas, com perigo de acabar água potável ou faltar eletricidade. O cenário também é vivido por estrangeiros que moram no país, como os brasileiros que fazem parte do time Al-Merreikh. O grupo é comandado pelo técnico Heron Ferreira, junto ao auxiliar Esdras, preparador físico Rodolpho, treinador de goleiros Itamar e o fisioterapeuta Joilson.
Entre os jogadores, o Al-Merrikh tem quatro atletas brasileiros em seu elenco: o lateral-direito Alex, o volante Raphael, o meia Matheuzinho e o centroavante Paulo Sérgio.
Com a competição nacional suspensa após a atual situação do país, os brasileiros querem voltar ao Brasil. “Eu como cidadão brasileiro, tenho que voltar para o Brasil, para nossa família, e estamos aqui nesse momento de desespero”, disse Heron Ferreira, ex-Corinthians.
ITAMARATY SOBRE BRASILEIROS NO SUDÃO
O governo do Brasil mantém contato com brasileiros no Sudão para prestar assistência, e o Itamaraty publicou uma nota sobre o assunto. “O governo brasileiro tem mantido coordenação com outros países que também têm cidadãos em território sudanês sobre ações coordenadas de assistência, a serem eventualmente implementadas a partir do momento em que as condições de segurança permitirem”, disse o Itamaraty.
O Portal Futebol Interior tentou contato com o Itamaraty para saber se o órgão tem algum posicionamento sobre casos como o de Heron Ferreira, e também para saber se medidas já foram adotadas, mas até este momento, ainda não obteve retorno.
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