Jogador da Chapecoense lamenta agressões e denuncia ameaças de morte
Além das desculpas, Jiménez revelou estar sendo alvo de ameaças de morte e tentativas de extorsão contra ele e sua família
Segundo o atleta da Chapecoense, ele foi provocado por gestos obscenos direcionados à sua família e torcida

Chapecó, SC, 25 (AFI) – O volante Jorge Jiménez, da Chapecoense, se manifestou publicamente para pedir desculpas pelas agressões a torcedores do Avaí na Ressacada, logo após a final do Campeonato Catarinense.
Além do arrependimento, o paraguaio revelou estar recebendo ameaças de morte e extorsão, pedindo pelo fim desses ataques.
NOVIDADE! Futebol Interior agora está nos Canais do WhatsApp. Participe agora!
ARREPENDIDO
O episódio aconteceu no sábado (22), após o empate por 1 a 1 que garantiu o título estadual ao Avaí. Com o apito final, torcedores do time da casa invadiram o campo para comemorar. Jiménez, que já havia sido expulso durante a partida, reagiu de forma violenta, empurrando e chutando dois torcedores adversários.
Diante da repercussão negativa, o jogador usou as redes sociais para expressar seu arrependimento e justificar sua reação. Segundo ele, foi provocado por gestos obscenos direcionados à sua família e torcida. “Nada disso justifica a violência, não compactuo com nenhum tipo de agressão. Estou refletindo e isso me servirá de aprendizado para ser um profissional e ser humano melhor”, declarou.
Além das desculpas, Jiménez revelou estar sendo alvo de ameaças de morte e tentativas de extorsão contra ele e sua família. “Sou responsável pelos meus atos e estou disposto a assumir as consequências, mas peço que parem com as ameaças contra mim, meu filho e minha família”, afirmou o jogador.
DECISÃO POLÊMICA
A final do Campeonato Catarinense foi marcada por polêmicas, especialmente por conta de um pênalti marcado para o Avaí aos 30 minutos do segundo tempo, convertido por Eduardo Brock. A decisão gerou revolta na Chapecoense, que vencia até então. O presidente do clube, Alex Passos, criticou duramente a arbitragem e ameaçou mudar a equipe para outra federação.
Durante o jogo, além de Jiménez, a Chapecoense teve outros dois atletas expulsos: Dentinho e Giovanni Augusto. Pelo lado do Avaí, Judson também recebeu cartão vermelho.
INVESTIGAÇÃO
Diante das agressões de Jiménez, a Polícia Civil de Santa Catarina instaurou um inquérito para apurar o caso. A investigação está sob responsabilidade da delegada Aline Zandonai, da 2ª DP de Florianópolis, e foi iniciada após uma representação do presidente do Avaí, Júlio Heerdt.
No documento enviado à Polícia Civil, o clube argumenta que o jogador protagonizou um “ato insano” amplamente repercutido na mídia nacional e internacional. Segundo Heerdt, a segunda agressão do paraguaio caracterizaria “clara tentativa de homicídio”. O torcedor atingido pelas costas já foi identificado pelo Avaí, enquanto a primeira vítima ainda não foi localizada.