Jenni Hermoso, da seleção espanhola, é ouvida em tribunal de Madri

A jogadora da seleção espanhola recebeu um beijo do dirigente Rubiales durante a comemoração da vitória na final da Copa do Mundo

"Tudo correu bem. O processo judicial vai seguir o seu curso. Gostaria de agradecer pelo apoio que muitos de vocês tem dado a mim" disse Hermoso

Jenni Hermoso
A atacante foi ouvida em uma tribunal na cidade de Madrid (Foto: Divulgação)

Campinas, SP, 02 – A atacante Jenni Hermoso testemunhou nesta terça-feira no caso que investiga o beijo que o então presidente da Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF), Luis Rubiales, deu na jogadora, ao fim da Copa do Mundo feminina, em agosto do ano passado. Discreta, ela se apresentou a um tribunal de Madri.

FALA, HERMOSO!

“Tudo correu bem. O processo judicial vai seguir o seu curso. Gostaria de agradecer pelo apoio que muitos de vocês tem dado a mim”, comentou, de forma breve, a atleta, na saída do tribunal. Ela esteve no local na companhia dos seus advogados.

O depoimento foi feito a portas fechadas. A imprensa espanhola disse que Hermoso pediu ao juiz que mantivesse sua presença no tribunal o mais discreta possível. Ela chegou vestindo um casaco cinza e acenou para os jornalistas antes de entrar no tribunal por uma de suas entradas principais.

A expectativa era de que Hermoso reiterasse na corte suas alegações de que o beijo não foi consentido e que Rubiales e sua equipe tentaram pressionar ela e sua família a esquecer o incidente, que marcou a cerimônia de premiação da Copa do Mundo, na Austrália.

Os promotores públicos da Espanha acusaram Rubiales de agressão sexual e coerção, alegando que ele tentou convencer Hermoso e seus parentes a minimizar publicamente o beijo. Nesta terça, o juiz do caso também vai ouvir depoimentos de outras jogadoras, treinadores e dirigentes da federação espanhola, antes de decidir se iniciará um julgamento.

Rubiales já negou qualquer irregularidade ao juiz que lhe impôs uma ordem de restrição para não entrar em contato com Hermoso. Ele renunciou ao cargo de presidente da RFEF e também de vice-presidente da Uefa, diante da forte repercussão mundial do caso, principalmente após pressão da Fifa, que impôs suspensão ao então dirigente.

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