Japão: Restrições deixam jogadores brasileiros isolados de suas famílias

Com performance baixa, jogadores clamam por suas famílias. Expectativa é de liberação após as Olimpíadas.

Japoneses exageram nas medidas contra Covid e deixam brasucas longe da família

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São Paulo, SP, 20 – As restrições impostas pelo governo do Japão para a entrada de estrangeiros no país devido à pandemia do novo coronavírus estão causando sérios problemas para os jogadores brasileiros. Aqueles que se transferiram no final de 2020 ou nesta temporada estão sem suas famílias, todas proibidas de entrar no país.

Nesta situação se encontram 46 jogadores brasileiros e mais um membro de comissão técnica. Além dos demais estrangeiros: sul-americanos (6) e europeus (8). Como a maioria é do Brasil, foi criado um grupo de defesa em São Paulo, coordenado por Cláudio Gombata, que há anos faz as intermediações entre os dois países.

ISOLAMENTO E TRAUMA
O isolamento em um país com outra cultura, outros costumes, língua e alimentação tem afetado diretamente a performance dentro de campo. E se o distanciamento familiar preocupa neste momento, quando atinge diretamente a saúde mental dos envolvidos também incomoda em uma possível renovação de contrato, feita normalmente no fim do ano.

“É um verdadeiro trauma, que está trazendo um grande problema mental e gerará danos graves a instabilidade familiar e principalmente sobre as crianças. Temos casos de esposas grávidas, ou com filhos recém nascidos, crianças em idade escolar (perdendo aulas), pois muitas estudam em escola internacional no Japão”, afirmou Cláudio Gombata, que abriu um grupo de comunicação direta com todos pelo WhatsApp.

CONSULADO JAPONÊS
Ele encaminhou, na semana passada, um manifesto ao Cônsul Geral do Japão no Brasil, Ryosuke Kuwana, com nomes de todos os jogadores, pedindo a liberação imediata para a viagem das famílias. A expectativa é de que a medida possa ser, pelo menos, amenizada após a Olimpíada de Tóquio-2020, no início de agosto.

A “legião brasileira” no futebol japonês conta com dois técnicos na J1 League, a primeira divisão nacional: Nelsinho Batista (foto em destaque), no Kashiwa Reysol, e Levir Culpi, no Cerezo Osaka. Dela fazem parte 65 jogadores.

MAIS TRÊS
Alguns acabam de desembarcar sozinhos para reforçar o lanterna Yohohama FC: os atacantes Felipe Vizeu, de 24 anos e que estava no Ceará, mas tem vínculo com a Udinese (Itália), o também atacante Saulo Mineiro, de 24, também do Ceará, adquirido por R$ 10 milhões, e o zagueiro Gabriel, de 26, do Atlético-MG, contratado por R$ 10,2 milhões. A nova janela de transferências vai até o próximo dia 15.

A J2 League – a segunda divisão – tem 28 brasileiros e a J3 League – terceira divisão -, mais 13. No total, são 106 jogadores do Brasil em atividade no Japão e mais dois técnicos e suas comissões. Todos estão vacinados, alguns faltando a segunda dose, da vacina Astrazeneca, liberada pelas autoridades locais de saúde.

Na temporada 2021, a Liga Japonesa liberou a presença de público no limite de 25% da capacidade de cada estádio.

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Felipe Vizeu começou no Flamengo e foi vendido para a Udinese-ITA

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