Invenção de Chamusca colocou Guarani em risco contra o CSA

Técnico enfiou na cabeça que o formato com três zagueiros seria o caminho para redenção, porém, desconsiderou princípios básicos do futebol

No frigir dos ovos, continua tudo como Dantes no Quartel de Abrantes. Só com dois zagueiros, o Guarani equilibriou as ações em campo

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Chamusca caiu na real no intervalo. Foto: Luciano Claudino - GFC

Campinas, SP, 19 (AFI) – BLOG DO ARI – O aumento de público no Estádio Brinco de Ouro para 3.524 torcedores no empate sem gols entre Guarani e CSA, na manhã/tarde desde domingo, evidenciava expectativa do bugrino de que o seu time pudesse engatar sequência de vitórias e assim escapar da zona da degola do Campeonato Brasileiro da Série B.

No frigir dos ovos, continua tudo como Dantes no Quartel de Abrantes.

Quem prestou atenção naquela vitória bugrina diante do Novorizontino teve a clara percepção que foi mais decorrente a desajustes do adversário de que méritos insofismáveis do Guarani, tanto é que o questionável Tombense também ganhou em Novo Horizonte, e com mais folga: 3 a 1.

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PENSOU QUE DAVA…

Aí, o treinador Marcelo Chamusca, do Guarani, enfiou na cabeça que o formato com três zagueiros seria o caminho para redenção, porém desconsiderou princípios básicos do futebol: neste cenário precisa contar com zagueiros rápidos e alguns deles com capacidade para iniciar construções de jogadas com passes progressivos, o que não foi o caso.

Na prática, os zagueiros optaram por alongar a bola de trás e assim ‘presenteavam’ o adversário, que recomeçava a jogada sucessivamente.

E com o agravante para o Guarani: o seu meio de campo não ficava devidamente preenchido, propiciando ao CSA a ocupação daquele espaço, tanto que teve domínio praticamente absoluto até o intervalo, rondando a meta bugrina.

Durante o primeiro tempo, o Guarani havia ameaçado apenas em cabeçada do zagueiro Ernando, após cobrança de escanteio, com a bola chocando-se no poste esquerdo.

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Cabeçada de Ernando na trave. Foto: Luciano Claudino – GFC

JÚLIO CÉSAR

Menos ruim para o Guarani foi o treinador Chamusca ter caído na realidade durante o intervalo e reformulado conceito inicial.

Ao abdicar de um dos zagueirso – caso de Ernando – para entrada do atacante de beirada Júlio César, o Guarani começou a equilibrar a partida.

Claro que pesava contra o Guarani jornada totalmente sem inspiração do meia Giovanni Augusto e instabilidade técnica tanto do atacante Bruno José como do lateral-direito Diogo Mateus.

Aí, as alterações no time bugrino começaram a refletir em mudança de panorama.

Aos 17 minutos, por exemplo, o atacante de beirada Yago, que havia substituído Bruno José, já levava vantagem sobre o lateral-esquerdo Diego Renan, tanto que em desdobramento de jogada o seu chute refletiu em bola na trave.

Lateral-direito Lucas Ramon conseguia mais incursões ao fundo de campo de que Diogo Mateus, tanto que fruto de um dos cruzamentos o centroavante Lucão acertou cabeçada com endereço certo do gol, mas o goleiro Marcelo Carné praticou defesa aos 36 minutos.

PÊNALTI

Embora tivesse mais presença ofensiva durante o segundo tempo, o Guarani foi beneficiado pela arbitragem de Leonardo Lorenzatto, que deixou de marcar pênalti do volante Leandro Vilela sobre o meio-campista Yan Rolin, aos 45 minutos.
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Naquela altura, as trocas feitas pelo treinador Alberto Valentim, do CSA, implicaram em queda de rendimento da equipe, preocupada mais em se defender e levar um ponto para Maceió. 

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