Surpreso com presidência do Guarani, interino garante: 'Vamos sair dessa situação'
Novo dirigente promete apoio ao time de futebol, quase rebaixado à Série C. E vai assumir a negociação com a Libra.
Rômulo Amaro disse que não vai respingar a crise administrativa no futebol, que já está pressionado, na lanterna da Série B e com pé na Série C
Campinas, SP, 11 (AFI) – Uma ‘bomba’ explodiu no Brinco de Ouro da Princesa na noite desta quinta-feira com o anúncio sobre o afastamento do presidente André Marconatto por questões de saúde. Junto com ele, deixou o clube o ex-presidente e CEO Ricardo Moisés, mas de maneira definitiva. Quem assumiu foi Rômulo Amaro, que estava no comando do Conselho de Administração (CA).
Ele concedeu coletiva de imprensa nesta sexta-feira, demonstrou surpresa ao se tornar presidente interino, mas prometeu tirar o Guarani da situação em que se encontra, beirando o rebaixamento. O repórter Pedro Lino, do Portal Futebol Interior esteve presente, e perguntou para o novo presidente do Guarani Futebol Clube.
OUÇA O ÁUDIO DO NOVO PRESIDENTE
“Não sabíamos do provável afastamento. Existia uma debilitação relacionada a saúde do presidente. Acabou piorando muito nos últimos dias. Demos apoio a ele. Havia necessidade do afastamento.
Vamos continuar com ainda mais energia para brigar até o último minuto. Vamos conseguir sair dessa situação. Estamos muito ruins, sabemos que tem coisas para acertar.
Mas estamos aqui para brigar e acreditar até o final. Tem homem lá dentro, tem trabalho.”, afirmou o agora presidente do Guarani, em coletiva de imprensa, com presença do Futebol Interior.
Na mesa da coletiva, além de Rômulo Amaro estavam Erik Franco, Adriano Hintze e Gustavo Rosolén, todos do Conselho de Administração (CA).
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Rômulo Amaro caiu de certa maneira de ‘paraquedas’ na presidência do Guarani. Com a saída de Marconatto, a tendência é que o vice-presidente Rubens Vicente Junior, o Rubão, assumisse a presidência do clube.
No entanto, o dirigente alegou não ter tempo livre o suficiente para tal função e ‘passou o bastão’ para Rômulo Amaro, que prometeu não respingar a crise administrativa no futebol, que já está pressionado, na lanterna da Série B.
“Estamos fazendo a transição com tranquilidade para que tudo seja feito com sabedoria. O futebol está blindado. Eu já vinha acompanhando e participando intensamente do vestiário. Vou ficar ainda mais próximo dos atletas e dar força, que é a minha obrigação nesse momento”, completou.
COMO FICA A LIBRA?
Com a saída definitiva de Ricardo Moisés, existia uma preocupação sobre como ficaria a situação do Guarani na Liga do Futebol Brasileiro (Libra). O Bugre fechou um contrato de cinco anos em cima dos direitos de transmissão.
“Será feita a transferência do nome do representante do Guarani para mim. Esse processo será iniciado na próxima semana. Estamos aguardando o responsável pela burocracia voltar ao Brasil”, explicou o novo mandatário.
O Guarani desde o ano passado esteve no comando de Ricardo Moisés, ex-presidente e ex-CEO. Esta derrocada aconteceu diante de uma inércia tanto do Conselho Deliberativo como do Conselho e Fiscal, tão contestados pela torcida e por alguns poucos sócios.
Esta fragilidade administrativa com certeza refletiu dentro de campo e nos péssimos resultados da temporada. O time quase foi rebaixado no Paulistão e agora está condenado a voltar para a Série C em 2025.
SITUAÇÃO CRÍTICA DO GUARANI NA SÉRIE B
Nos últimos quatro jogos, o Guarani teve um empate e três derrotas. O time vive a fase mais decisiva na luta pela permanência por enfrentar quatro concorrentes diretos, mas já perdeu os dois primeiros: Ituano, por 1 a 0, e Botafogo, por 3 a 2.
Com isso, estacionou nos 25 pontos, cinco a menos do que o vice-lanterna Brusque, com 30, e nove a menos do que a Chapecoense, primeira fora da zona de rebaixamento (Z-4), em 16º com 34. O clube bugrino agora vai enfrentar o CRB, 17º com 33, e depois (dia 20) faz o dérbi no estádio Moisés Lucarelli com a Ponte Preta, que tem 35 pontos.
