Inimigo do futebol? Felipão dá lição em Cuca, supera Abel e coloca o surpreendente Athletico na final
O Furacão segurou o Palmeiras, na "casa" do Felipão, e está na final da Libertadores
Em casa, Felipão deu aula de como vencer o Palmeiras. Cuca e Abel Ferreira aprenderam a lição?
Com 73 anos, Luiz Felipe Scolari mostrou que ainda tem muita lenha para queimar. Tratado por muitos como “inimigo do futebol”, o Big Phill provou mais uma vez que está entre os melhores treinador do futebol brasileiro. Não é de hoje, foi sempre. O currículo fala por si só, são inúmeros títulos. No período mais “sombrio”, estava levando a Seleção de Portugal à uma semifinal de Copa do Mundo e, na sequência, foi comandar o Chelsea.
Em 2022, surpreendeu ao sair do eixo São Paulo-Sul-Minas e assumir o Athletico, que não andou com Alberto Valentim e muito menos com Carille. Chegou como multifunção, para trabalhar na diretoria, mas também como treinador. Petraglia ficou empolgado, investiu e trouxe jogadores interessantes, que começaram a brilhar nos braços do “papai” Felipão. A nova família Scolari se formava.
Quis o destino que uma das principais proezas do treinador na temporada fosse contra o Palmeiras. Na fria e chuvosa noite desta terça-feira (06), Felipão estava em casa. Conhece o time paulista como poucos e é amado por esse clube, assim como por seus torcedores. Diante de mais de 40 mil, estava à vontade.
Felipão não pôde ficar no banco de reservas por ter sido expulso no jogo de ida, em Curitiba, quando o Athletico venceu o Palmeiras por 1 a 0. No Allianz Parque, se assustou logo aos três minutos, quando Zé Rafael avançou livre pela esquerda e cruzou. A defesa do Furacão falhou e Gustavo Scarpa abriu o placar.
O jogo ficou favorável ao Palmeiras, que foi criando e desperdiçando muitas oportunidades. Poderia ter matado a partida ainda no primeiro tempo, mas esperou Murilo, nos minutos finais, repetir a façanha de Danilo, nas quartas de final frente ao Atlético-MG, e ser expulso. O Verdão teria que jogar mais 45 minutos com um homem a menos.
Felipão não foi temeroso como Cuca. Se o treinador do Atlético-MG assistiu ao jogo, descobriu que não é vantagem nenhuma jogar com um atleta a menos. O “inimigo do futebol” não esperou, não fez trocas seis por meia dúzia, mas sacou um lateral e colocou o time no ataque. Foram três mudanças de cara. Quando sofreu o segundo gol, marcado por Gustavo Gómez, após cobrança de lateral de Marcos Rocha, àquela que conhecia muito bem, aos oito minutos, sacou logo um volante e colocou o homem que decidiria a partida: Pablo, o mesmo que havia perdido um gol feito no ano passado, quando defendia as cores do São Paulo.
Naquela mesma trave, Pablo recebeu praticamente na linha do gol para recolocar o Athletico no jogo. O Palmeiras sentiu, recuou. As mudanças de Abel não fizeram efeito, as do Felipão, sim. No chute de Terans, aos 38 minutos, o Allianz Parque ficou em silêncio. O Furacão empatou por 2 a 2 e se garantiu na final da Libertadores 17 anos depois de ter feito a sua última decisão, a quarta de Felipão, sendo duas com o Palmeiras, clube pelo qual é ídolo, clube no qual deixou pelo caminho. Deve ter sido um misto de dor no coração com felicidade, em um palco, onde já comemorou várias conquistas, definitivamente, estava em casa.
Para os que apontavam Felipão como o “inimigo do futebol”, reta apenas engolir um dos treinadores mais vitoriosos do Brasil mais uma vez, assim como ele faz ano após ano. O Big Phill nunca saiu da moda. Cuca aprendeu como se jogar com vantagem numérica e Abel sentiu como é enfrentar um ídolo, uma velha raposa.
No próximo blog, vamos detalhar as reações dos torcedores, não parecia um dia comum de Libertadores para os palmeirenses…
Confira também:
Noticias Relacionadas
-
Blog do Ari - Ponte Preta, agora, precisa um ponto por jogo
23/10/2024 -
Sérgio Carvalho: São Paulo pega Vasco para colar no Flamengo
16/10/2024 -
Blog do Ari - Vice-líder em 2023, Guarani derrapa na lanterna
29/09/2024 -
Sérgio Carvalho - Clássico paulista no Mané Garrincha
27/09/2024