Indagado se considera-se ameaçado, Kleina ainda se irrita. Pensa o quê?

Ele ainda está em dúvida de que é preciso qualificar o elenco da Macaca

Tiãozinho não representa os anseios dos torcedores da Macaca

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Se a Ponte Preta tivesse um presidente que representasse aos anseios de seus torcedores, de certo o dirigente estaria presente no Estádio Barradão, em Salvador, para acompanhar ao jogo em que o seu time perdeu para o Vitória por 1 a 0, na noite desta terça-feira.

E se lá esteve Sebastião Arcanjo, deveria empunhar o microfone durante entrevista coletiva pós-jogo e já comunicar ali mesmo o desligamento do treinador Gilson Kleina, como é praxe em clubes com campanhas tão decepcionantes como a Ponte Preta, que atravessa a 13ª rodada do Campeonato Brasileiro da Série B na penúltima colocação, com nove pontos ganhos.

Como teve sequência a rotina do treinador Gilson Kleina de responder perguntas de repórteres, ele se irritou quando indagado se, diante da circunstância, considera-se ameaçado no cargo.

“Parece que a gente não está trabalhando para esse tipo de pergunta. Não vou jogar a toalha”, avisou em alto e bom tom.

E ainda se preocupou em tranquilizar os descrentes: “Tenho certeza que a Ponte ainda vai dar muitas alegrias aos seus torcedores neste campeonato”.

Reiteradas vezes ele citou que não está faltando trabalho, entrega dos jogadores em campo. E emendou: “Se precisar qualificar o elenco, vamos qualificar”.

NERVOSISMO

Entende-se o nervosismo do treinador, cuja equipe não dá resposta positiva em campo.

Aquilo que pontuam como predomínio da Ponte nos primeiros 15 minutos de partida desta terça, quando por duas vezes teve chances de chegar ao gol, creditem isso à forma desesperada que o Vitória entrou em campo, com a bola ‘queimando’ os pés da boleirada, incapaz de acertar passes de três metros.

Por sorte do time baiano nos dois lances consecutivos, a partir do oitavo minuto, a bola não entrou.

Atacante Moisés driblou o lateral-direito Cedric e chutou cruzado, exigindo rebote do goleiro Ronaldo e bola para escanteio.

Na sequência, o volante André Luiz, de cabeça, colocou a bola para fora.

Depois disso, quando a Ponte voltou a ameaçar a meta do Vitória?

Quando a viola já estava em cacos e aos 50 minutos do segundo tempo, ocasião em que o centroavante Rodrigão deu uma casquinha na bola e colocou Moisés em condições de empatar, mas, no chute, a bola foi pra fora.

IVAN FALHA

Quando a fase é ruim, até o melhor jogador da equipe pontepretana falha.

Pois em erro de posicionamento do goleiro Ivan o Vitória marcou o seu gol aos sete minutos do segundo tempo.

No desdobramento de finalização com bola no travessão, através de Cedric, o meia Pablo acertou chute com efeito na bola, de longa distância, e Ivan ficou vendido no lance.

Até então Ivan estava no lucro, pois havia praticado notória defesa em cabeçada à queima-roupa do centroavante Dinei, após bola cruzada por Cedric, aos 21 minutos do primeiro tempo.

ERROS & ERROS

Exceto registro desses lances agudos, no geral jogadores das duas equipes maltrataram a bola com erros infantis de passes, equívocos nas definições de jogadas, chutões pro lado em que o nariz estivesse virado e muitas faltas durante o segundo tempo.

Os três pontos não significam redenção ao Vitória, que depende de muitos ajustes para não rondar a zona da degola.

Quanto a Ponte, Kleina procura persuadi-lo, pontepretano, de que o time está se encaixando. Por isso ele demonstra confiança em recuperação da equipe já para o jogo de sexta-feira, na recepção ao Goiás.

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