Há treinadores que nem o óbvio conseguem fazer
Foi um duelo do melhor treinador instalado no Brasil, caso do português Abel Ferreira, do Palmeiras, contra o ascendente Maurício Barbieri, do Bragantino.
Venceu o melhor, caso do Palmeiras, por 2 a 1, mas o time de Bragança Paulista caiu de pé, jamais parando de 'lutar'. Verdão está na final
Campinas, SP, 27 (AFI) – Que semifinal de Paulistão entre Palmeiras e Bragantino na tarde deste sábado!
Calma! O tema vai estar interligado às coisas de Guarani e Ponte Preta. Acompanhe.
Venceu o melhor, caso do Palmeiras, por 2 a 1, mas o time de Bragança Paulista caiu de pé, jamais parando de ‘lutar’.
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Foi um duelo do melhor treinador instalado no futebol brasileiro, caso do português Abel Ferreira, do Palmeiras, contra o ascendente Maurício Barbieri, do Bragantino.
Evidente que não se comparam esses dois elencos com Guarani e Ponte Preta, mas ambos colocam em prática planilha tática incomparável àquelas praticadas por Daniel Paulista e Hélio dos Anjos, de Guarani e Ponte Preta, respectivamente.
Epa, antes que você me advirta que Abel e Barbieri têm ovos para fazer um bom omelete, e o mesmo não se aplica por aqui, vamos ao contraponto.
HÉLIO DOS ANJOS
Na Ponte Preta, incompreensivelmente Hélio dos Anjos deu camisa para o irregular zagueiro Fabrício e ainda cometeu o despropósito ao escalar o garoto Jean Carlos na lateral-esquerda diante do Corinthians, mesmo com performances de comprometimento em jogos anteriores, porque ele é vulnerável na marcação.
No Guarani, Júlio César já foi preterido para a escalação de Ronald, enquanto o volante Bruno Silva perdeu a vaga no time para o apenas esforçado Madison.
Essa desproporção gera tantas dúvidas que uns e outros até desconfiam de coisas estranhas no ar.
Se por aqui os treinadores sequer fazem a devida distinção nas escolhas dos titulares, como esperar estratégias e precisas observações para mexidas em transcorrer de jogos?
CRUZAMENTO NO CHÃO
Como o Palmeiras não dispõe de atacantes com características de cabeceadores, Abel planeja jogadas de ataque com a busca do fundo de campo, mas o passe rasteiro, ora à frente, ora atrás dos zagueiros para complementação.
Abel ensaia como verticalizar o contra-ataque, de forma que em poucos toques na bola é possível o seu time se aproximar da área adversária. E aqui?
Vê-se claramente que o time do Palmeiras é treinado para virada de jogo.
De repente, quando se congestiona a jogada de um lado, a bola é virada automaticamente para o lado oposto, quando é possível a verticalização.
Claro que a capacidade de execução do atleta é importante para se aplicar essa filosofia, mas por aqui observa-se que isso sequer é trabalhado.
BARBIERI
A capacidade de Maurício Barbieri compactar o time do Bragantino é coisa típica de quem colocou em prática um estilo e os atletas assimilaram.
Essa compactação implica em maior acerto nos passes e, quando da perda da bola, marcação incontinenti para recuperá-la.
Barbieri implementa finalizações de média distância, e neste sábado o goleiro Marcelo Lomba, do Palmeiras, foi obrigado a praticar defesas com nível de dificuldade.
Como irremediavelmente o Bragantino insistiria em bola alçada à área palmeirense no último terço do jogo, em busca do empate, Barbieri adiantou o lateral-esquerdo Luan Cândido como se fosse centroavante, para ser explorado na estatura de 1,87m de altura.
Não surtiu efeito prático, mas foi válida a tentativa.
SCARPA E WESLEY
Como no segundo tempo o Bragantino teve o domínio do jogo em período maior, Abel Ferreira (que agora é o mais bem pago do Brasil – R$ 3 milhões/mês) trocou um atleta de meio de campo, como Gustavo Scarpa, por um atacante de velocidade, caso de Wesley.
A intenção foi brecar saída de trás dos homens do compartimento defensivo adversário.
Vejam a diferença da ‘treinadorzada’ por aí, pois em circunstância semelhante a maioria faria opção por mais um homem de contenção.
Esse é um claro registro de treinadores que pensam o jogo, de sua maneira, enquanto por aqui vê-se incontáveis contradições.