Gustavo Bueno, que deveria ser demitido, comunica a demissão de Kleina, na Ponte
Diretores da Ponte não põe a cara pra tratar do assunto após derrota para Atlético Goianiense
Gustavo Bueno, que deveria ser demitido, comunica a demissão de Kleina, na Ponte
O desdobramento da derrota da Ponte Preta por 3 a 1 para o lanterna Atlético Goianiense, na noite deste sábado em Campinas, teria que minimamente reverberar no treinador Gilson Kleina, que foi automaticamente demitido.
O que esperar da diretoria da Ponte Preta cujos membros de primeiro escalão sequer tomam a dianteira para comunicar a demissão?
Pois o comunicado foi feito por quem deveria igualmente ser demitido, caso do gerente de futebol Gustavo Bueno, que, na fala pós-jogo, alegou que o seu cargo sempre esteve à disposição do presidente Vanderlei Pereira e membros da diretoria executiva.
O cargo esteve à disposição de que forma? Sem previsão de multa e pagamento restrito dos direitos trabalhistas?
Se for assim, presidente Vanderlei Pereira, o senhor está esperando o quê pra tomar a lógica decisão de mudar todo formado do Departamento de Futebol, visto que esse elenco aí – formado por Bueno – vocês terão que engolir até o final do Campeonato Brasileiro?
MULTA
Por falar em multa, estava passando batido pela ‘reportaiada’, na entrevista coletiva, implicação de multa nesse caso de desligamento de Kleina. Aí, oportunamente o repórter Pedro Orielli, da Rádio Central, cumpriu o sagrado dever de perguntar e Bueno de despistar o valor, justificando cláusula de confiabilidade.
Bueno deveria ter sido demitido há tempos pela incompetência. Ficou claro a falta de discernimento na escolha de jogadores à montagem da equipe, prova está que nos primeiros seis meses do ano a Ponte contou com cinco laterais-esquerdos. Isso para não se alongar em tantos outros equívocos.
E o último lateral-esquerdo que chegou, Danilo Barcelos, pode até ter pinta de quem sabe bater na bola, mas é recordista neste time pontepretano de recuar bola, de falta de condição técnica para driblar e atrevimento ofensivo. O que se vê é deficiência na marcação, mais uma vez constatada por ocasião do segundo gol do time goiano, quando assistiu ao atacante Walter testar.
FALTA DE VISÃO
É inadmissível uma composição de diretoria da Ponte Preta sem homens com estreita ligação do futebol, porém, segundo Bueno, opinam, participam e decidem conjuntamente.
Como podem opinar se não são do ramo? Se fossem, há muito diagnosticariam o real motivo do meia Renato Cajá não entrar em forma. De atuar como atleta em final de carreira.
Se fossem do ramo, teria advertido a comissão técnico demitida que é impossível o elenco não dispor de um volante que renda mais de que Elton, de que o garoto Saraiva ainda está ‘verde’ e deve ser lançado aos poucos em pedaços de partidas.
EVITAR REBAIXAMENTO
Claro que muito mais de desarranjos poderiam ser repetidos nessa oportuna citação, mas a Ponte precisa pensar urgentemente no futuro e se apegar nas últimas esperanças de ainda se salvar do rebaixamento.
Já que não há uma viva alma com domínio de conceitos sobre futebol na diretoria, que pelo menos o elenco seja entregue a um treinador que conheça o riscado, que tenha liderança para se impor no alisamento e dureza à boleirada, e que faça esse time jogar.
Depois são outros quinhentos.