ESPECIAL GUARANI: Uma temporada de altos e baixos

Guarani iniciou bem a temporada. Caiu no decorrer mas teve temo de se recuperar na Série B.

Giovanni Augusto comemora gol de pênalti. Foto: Luciano Claudino/Especial para Guarani FC
Giovanni Augusto comemora gol de pênalti. Foto: Luciano Claudino/Especial para Guarani FC

Campinas, SP, 20 (AFI) – A temporada 2022 começou cheia de expectativa para o Guarani. A equipe havia terminando bem a Série B do ano anterior. A base do time foi mantida e a torcida estava em sintonia com o elenco.

O encarregado de comandar o time foi Daniel Paulista. Justamente o condutor da campanha que quase termina em acesso na Série B em 2021.

O lado negativo foram as saídas de Régis, estrela da companhia e Andrigo, destaque em alguns momentos. Por outro lado, Giovanni Augusto, ex-Corinthians, Atlético-MG seria o herdeiro da camisa 10.

O Guarani fez um Paulista curioso. Contras as grandes equipes o desempenho do time foi muito bom. A começar pela estreia quando derrotou o São Paulo por 2 a 1 no Brinco de Ouro. Com direito a dois golaços, o primeiro de Lucão de Break e o segundo de Diogo Matheus, de falta. Contra Santos e Palmeiras idem, embora, a vitória não acontecesse. Empate com o Santos, 1 a 1 em Campinas e derrota para o Palmeiras no Allianz Parque, mas jogando de igual para igual.

A cereja do bolo foi a vitória no Dérbi. Um 3 a 0 clássico sobre a Ponte Preta no Brinco de Ouro, com soberania e com possibilidades até de goleada. O resultado, inclusive ajudou a rebaixar o adversário. Fato relevante em se tratando do tamanho da rivalidade campineira.

Diante das equipes menores, o Bugre não foi bem. A derrota mais emblemática foi para o Santo André, 3 a 2. Os campineiros venciam por 2 a 0. Porém, o Ramalhão, comandado pelo ex-bugrino Tiago Carpini, virou o marcador e pode celebrar a vitória dentro de Campinas.

ELIMINAÇÃO DE CABEÇA ERGUIDA EM ITAQUERA

No entanto, entre vitórias maiúsculas e derrotas inesperadas, o Bugre se classificou para enfrentar o Corinthians na fase quartas de final.

Mesmo o jogo sendo na Neo Química Arena em Itaquera, o Guarani teve um comportamento exemplar. Encarou os donos da casa de igual para igual e após o empate no tempo normal, 1 a 1, levou a decisão para os pênaltis.

Nas cobranças, o Timão venceu por 7 a 6, mas o Guarani deu mostras que seria um postulante ao acesso na Série B.

OUTRA ELIMINAÇÃO NOS PÊNALTIS – COPA DO BRASIL

Na Copa do Brasil, o Guarani não foi tão longe. O Bugre até que estreou bem, vencendo o Maricá por 1 a 0 no Rio de Janeiro. Gol de Lucão de Break.

Mas na segunda fase, nova frustração. Após o empate em, 2 a 2 com o Vila Nova, veio a eliminação nos pênaltis, 5 a 4, para os goianos.

O lado positivo foi a reação alviverde neste jogo. O time sofreu a virada no tempo normal, 2 a 1. Mas a reação foi conquistada na base da raça, nos minutos finais, num golaço de Giovanni Augusto, 2 a 2.

SÉRIE B – O FANTASMA E A REDENÇÃO

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Daniel Paulista nos tempos de Guaranu. (Foto: Thomaz Marostegan/Guarani FC)

O Guarani entrou na Série B como candidato ao acesso. Porém, as rodadas iniciais foram frustrantes. A primeira vitória só veio na quarta rodada, 1 a 0 sobre Criciúma.

No entanto, sentia-se nos bastidores que a coisa não ia bem e o Guarani começava a dar sinais de fracasso.

Veio então a quinta rodada. O Bugre vencia o Náutico até o fim do jogo, mas nos acréscimos sofreu o empate, 1 a 1, numa falha do goleiro Maurício Kozlinski. Estava escancarada a crise. E para piorar, o Dérbi seria a poucos dias no estádio Brinco de Ouro.

A diretoria se moveu e resolveu demitir o técnico Daniel Paulista. Enquanto não definia o nome do treinador, o time foi dirigido, inclusive no empate sem gols com a Ponte, pelo técnico Ben-Hur Moreira.

Diante da situação difícil na Série B, já em zona de rebaixamento, a diretoria, através do executivo de futebol, Michel Alves resolveu trazer Marcelo Chamusca. Treinador que conduziu a equipe ao acesso a Série B em 2016.

A tentativa de chacoalhar o grupo com Chamusca foi em vão. O treinador fez apenas seis jogos no comando do Bugre nesta Série B do Brasileiro. Foram três derrotas, dois empates e uma vitória. Chamusca foi demitido e junto com ele o executivo Michel Alves.

MOZART SANTOS SALVOU

Mozart Santos, técnico do Guarani
Mozart Santos, técnico do Guarani — Foto: Thomaz Marostegan/Guarani FC

A última tentativa de tentar livrar a equipe do rebaixamento foi com o técnico Mozart Santos. O início foi difícil, com derrota em dérbi e tropeços em casa, o treinador não emplacou nos primeiros jogos.

Mas a partir da abertura da janela de transferências, a coisa mudou. Cjhegaram dois jogadores que foram fundamentais na campanha de recuperação do time: o lateral-esquerdo Jamerson e o atacante Yuri Tanque. Juntos, eles conduziram o Guarani a permanência. Jamerson com suas assistências: sete no total e Yuri com seus gols: sete.

Ambos ajudaram o Bugre a terminar a Série B na décima colocação com 51 pontos, nove a mais do que a primeira equipe rebaixada.

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