Guarani, um finalista com erros do treinador a boleiros
Guarani, um finalista com erros do treinador a boleiros
Guarani, um finalista com erros do treinador a boleiros
É regra analistas de futebol focarem comentários de acordo com resultados de jogos. Assim, críticas a times vencedores são amenizadas, no intuito de não se contrariar torcedores que vibram com as vitórias.
Aqui, o jeito de fazer análises prende-se exclusivamente ao ‘é, é; não é, não é’.
Isso significa que cabem críticas sim ao Guarani, apesar de ter conquistado vitória de virada sobre a Inter de Limeira por 2 a 1, na manhã/tarde deste sábado, em Araraquara, resultado que lhe garante vaga à final do Troféu do Interior.
Está claro que a vitória ocorreu por dois erros da Inter, quando vencia a partida por 1 a 0.
Cedeu o empate em gol contra do volante Geovane, e sofreu a virada quando se defendia com três jogadores contra dois do Guarani, ocasião em que o quarto-zagueiro Jean Pablo marcava a própria sombra, e o atacante Waguininho, do Guarani, soube explorar a falha aos 17 minutos.
De repente, bastaram dois minutos para virada no placar.
CONCEITO DE CARPINI
Preocupado com os rápidos atacantes de beirada da Inter de Limeira, Airton e Lucas Braga respectivamente, o treinador bugrino Thiago Carpini organizou dupla marcação sobre ambos, prendendo os volantes Arthur Rezende e Eduardo Person como coadjuvantes dos laterais Bidu e Pablo.
Essa exagerada preocupação implicou nos laterais bugrinos praticamente se fixarem à marcação, com perda de transição da equipe ao ataque pelos lados do campo.
Pior é que de posse de bola Arthur Rezende e Person não criavam absolutamente nada, e a Inter só correu risco em falta cobrada por Arthur Rezende, porque a bola quicou perto do goleiro Rafael Pim, que teve que se esticar para praticar a defesa.
No Guarani, quando a bola chegava ao ataque faltava companhia para Waguininho.
A volta apagada ao clube de Júnior Todinho é agrava com o indefinido posicionamento do meia Lucas Crispim, que não sabe se aproxima-se dos atacantes ou junta-se aos homens de marcação no cinturão da cabeça da área.
Assim, naquele primeiro tempo, a Inter fez o seu gol através do meia Murilo Rangel, ao testar sem marcação, em cobrança de escanteio aos 22 minutos do primeiro tempo.
SEGUNDO TEMPO
A única diferença na virada de tempo é que o Guarani adiantou suas linhas, coisa natural de quem está perdendo, e a Inter procurou se resguardar e puxar contra-ataques.
Convenhamos que quem opta por se resguardar não deve oferecer espaços para que o adversário, no caso o Guarani, puxe jogada em velocidade.
Pois foi num desses lances que Geovane, volante da Inter, chutou a bola contra a sua meta, na tentativa de interceptar progressão de Waguininho, do Guarani, e marcou gol contra.
A partir daí a Inter se desarticulou na busca pela vitória, e ofereceu o contra-ataque ao Guarani.
Reflexo disso é que, além do gol de Waguininho, o Guarani poderia ter ampliado se ele não errasse cabeçada e Todinho não perdesse chance cara a cara.
TRAVESSÃO
Claro que ao mostrar mais volume ofensivo a Inter ameaçou.
Logo, finalização de Tcharlles parou nas mãos do goleiro Jefferson Paulino. Depois Airton acertou o travessão, a exemplo que já havia ocorrido com Murilo Rangel em cobrança de falta, ainda durante o primeiro tempo.
Enfim, foi o típico jogo pra que Carpini faça reflexão sobre alternativas a serem colocadas em prática antes e durante transcorrer de partidas.
O comportamento do Guarani tem sido previsível com improdutivos e lentos toques de bola, em nome de suposta valorização.
Quando a jogada é afunilada e o ritmo passa a ser mais rápido, a incidência de erros aumenta consideravelmente.
E que Carpini pare com a picuinha ao relegar o volante Ricardinho.
Longe de ser o jogador dos sonhos, mas convenhamos que é impossível ser pior de que Eduardo Person.