Guarani subestima adversários ao buscar só o empate em Mirassol

Quem garante que o Guarani vai conquistar nove pontos nos seus três próximos jogos? Era melhor ter arriscado tudo diante do Mirassol.

Podem argumentar que o empate teria sido aceitável pelas circunstâncias, pois o time subiu para 55 pontos e barrou avanço do Mirassol

Brasileirão - Série B
Guarani foi pouco ousado em Mirassol. Foto: Raphael Silvestre - GFC



BLOG DO ARI


Campinas, SP, 20 (AFI) – Ao abdicar de jogar. Ao optar pela postura defensiva, para atingir o objetivo de trazer um ponto de Mirassol, com o empate sem gols, na noite desta sexta-feira, o Guarani dá claras mostras de subestimar forças de seus três próximos adversários, casos de Botafogo e Criciúma em Campinas, saindo para enfrentar o Londrina, entre um jogo e outro desses como mandante.

Podem argumentar que o empate teria sido aceitável pelas circunstâncias, pois o time subiu para 55 pontos e barrou avanço do Mirassol, que agora chegou aos 53.

Todavia, quem garante que o Guarani vai conquistar nove pontos nos seus três próximos jogos?

Enquanto isso, o Atlético Goianiense já se desgarrou de seus concorrentes, ao atingir 59 pontos, com a vitória por 3 a 1 diante do ABC.

Se o Sport passar pela Chapecoense neste domingo, na condição de mandante, também se iguala aos 59 pontos do Dragão.

VITÓRIA

Aí, como também nesta sexta-feira, no andamento desta 33ª rodada do Campeonato Brasileiro da Série B, o Vitória surpreendeu o Sampaio Corrêa, no Maranhão, ao derrotá-lo por 1 a 0 e chegar aos 64 pontos, pode-se dizer que uma vaga de acesso já está fechada, restando outras três em disputa.

Como o raciocínio lógico é se considerar a hipótese de o Juventude, enquanto mandante, passar pelo Londrina neste sábado, ele sobe para 58 pontos e mantém margem sobre o Guarani.

Tudo isso sem excluir o Novorizontino – ora com 53 pontos -, que pode superá-lo caso vença o Botafogo, em Ribeirão Preto, também neste sábado.

Exposta esta conjuntura, é questionável citar que um ponto trazido pelo Guarani de Mirassol foi aceitável.

DOIS CHUTES A GOL

Um time que pleiteia o acesso jamais pode passar o jogo inteiro com dois chutes ao gol adversário.

Primeiro através de finalização rasteira e fraca do volante Lucas Araújo, defendida pelo goleiro Alex Muralha.

Depois, em contra-ataque puxado em velocidade por Bruno José, com a bola cobrindo o travessão do adversário.

Sim, também ocorreu até toque de calcanhar de Lucas Araújo, para fora, mas, convenhamos que, de costas para o gol adversário, foi apenas uma tentativa.

QUEBRAR LINHAS

Durante toda partida o Mirassol teve mais posse de bola, rodou-a de um lado ao outro do campo, porém sem sentido de penetração capaz de quebrar as linhas do Guarani.

Até atletas dribladores, como Chico Kim e Negueba, não conseguiam infiltração, devido ao bem montado esquema defensivo do Guarani, que levou ao gramado do Estádio José Maria de Campos Maia a proposta de se defender e, se ocasionalmente surgisse uma chance para convertê-la em contra-ataque, imaginou já estar no lucro.

BRUNO JOSÉ

Não bastasse a estratégia medrosa do Guarani ao ficar basicamente se defendendo, para não correr risco de ser vazado, o treinador Umberto Louzer cometeu equívocos na escalação e mexida de sua equipe.

Quem quiser argumentar que por precaução física Bruno José teria sido preservado e ficado entre os reservas, o desmentido ficou claro no pique de 40 metros que deu para ganhar na corrida do zagueiro Luiz Otávio e finalizar.

Teria Pablo Thomaz, escalado no lugar dele, ‘arrebentado’ durante os treinamentos, para convencer o treinador que seria opção mais válida na escalação?

O que o Guarani teria a ganhar com a escalação do centroavante Bruno Mendes, com Derek preterido?

Pra arrematar, embora reconheça-se que o meia-atacante Bruninho tenha caído bastante de rendimento nas últimas partidas, qual o ganho o time teria ao ser sacado para entrada do meia Régis, após o intervalo?

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