Guarani poderia ter explorado o fraco Sampaio Correa para vitória mais tranquila

Mesmo com atuação apenas razoável, time bugrino perdeu cinco chances para ampliar vantagem

Guarani poderia ter explorado o fraco Sampaio Correa para vitória mais tranquila

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O Sampaio Correa foi seguramente o adversário mais fraco que o Guarani enfrentou neste Campeonato Brasileiro da Série B. Tão fraco que mesmo realizando partida apenas razoável na noite deste sábado, no Maranhão, ganhou por 2 a 0, assim como poderia ter imposto histórica goleada se não perdesse cinco reais oportunidades.

Razoável porque além do desperdício de chances, seus dois gols foram frutos de falhas do adversário, assim como, por descuido defensivo, permitiu que o inoperante Sampaio Correa desperdiçasse três chances de ouro para marcar.

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A estratégia de inicialmente marcar pressão saída de bola do Sampaio Correa foi válida pelo Guarani.

O deficiente time mandante incorreu em erros passes, e isso implicou em posse de bola dos bugrinos.

Assim, em falha de marcação do fraco lateral-esquerdo Julinho, que deixou Matheus Oliveira livre na área, saiu o primeiro gol bugrino aos 15 minutos de jogo.

O segundo gol, aos 38 minutos do segundo tempo, foi originado de aproveitamento de bola perdida por Julinho, que Bruno Xavier arriscou chute de longa distância, com falha do goleiro Gustavo Busatto.

Fraca defesa maranhense e a expulsão do volante Willian Oliveira aos 44 minutos do primeiro tempo recomendavam que o Guarani se impusesse e atropelasse o adversário.

Ao conquistar a vantagem no placar no primeiro tempo, o Guarani recuou, cedeu espaço ao adversário, e projetou mais gols nas ligações de contra-ataques, porém sem êxito.

RODAR A BOLA

Equivocadamente o time bugrino optou por rodar a bola sem objetividade após o intervalo, na expectativa de que o adversário cansasse e o tempo escoasse.

O erro de conceito ficou evidente quando nas raras vezes que o Guarani acelerou as jogadas encontrou buracos pra ampliar a vantagem, tendo quatro chances de gols perdidas, todas com chutes para fora.

Primeiro com Marcão. Rondinelly, Matheus Oliveira e Rafael Longuine se inserem no contexto.

Por sinal, ainda no primeiro tempo, Longuine ficou na cara do gol e não aproveitou rebote do goleiro Busatto, em finalização de Jefferson Nem.

A rigor, há circunstâncias em que se tem que aproveitar ponto fragilíssimo do adversário. Se insistisse em jogadas sobre Julinho, a vitória bugrina certamente teria sido consolidada bem antes do gol de Xavier.

CHANCES DO SAMPAIO

Futebol apenas razoável do Guarani porque é inconcebível diante de um adversário que não vencia há dez partidas, que caminha a passos largos de retorno à Série C do Campeonato Brasileiro, ainda lhe propiciar três reais chances de gols, duas delas nas costas do lateral-direito Kevin, sem a devida cobertura do zagueiro Philipe Maia.

Por sorte dos bugrinos, em ambas ocasiões os chutes foram tortos.

Outra chance do Sampaio Correa ocorreu em passe de João Paulo colocando o atacante Bruninho na cara do gol, com envolvimento dos zagueiros Plilipe Maia e Fabrício Carioca. Igualmente o chute foi sem direção.

Afora isso, em cobrança de falta ao lado da grande área – e sem ângulo – no chute do meia-atacante Jucilei a bola tocou no pé da trave esquerda do goleiro Agenor.

MAIS OPÇÕES

Apesar da fragilidade do Sampaio Correa, em noite de estreantes e jogadores que não vinham tendo oportunidade no time bugrino, depreendeu-se que o goleiro Agenor mostrou precisão nas bolas cruzadas e esteve sempre atento.

O experiente zagueiro Fabrício Carioca qualificou a saída de bola, diferentemente dos chutões de Everton Alemão.

Se faltou mais pegada com as entradas de Fabrício Bigode e Jefferson Nem – na recomposição – registra-se acertos nos passes.

Isso implica em mais opções ao agitado treinador Umberto Louzer na sequência da competição.