Guarani joga no erro do Confiança e consolida o G4
Não foi uma atuação irrepreensível, mas o Bugre goleou e soube explorar falhas do Confiança.
Melhor ataque, 22 pontos e G4, além de esperança de brigar pelo acesso.
Êxtase. Assim está o bugrino após goleada por 4 a 1 sobre o Confiança, fora de casa, na noite desta sexta-feira, e a certeza de que até a próxima rodada desta Série B do Campeonato Brasileiro o time está consolidado no G4.
Melhor ataque da competição, 22 pontos ganhos e perspectiva sim de briga pelo acesso ao Brasileirão.
Nem por isso pode-se dizer que o time realizou partida irrepreensível.
Credite a goleada à segura malha de marcação da equipe quando o adversário mostrou ousadia ofensiva, pela capacidade de jogadores como Régis e Davó em jogadas individuais, e sobretudo pela maturidade para explorar falhas gritantes do Confiança.
Como o Guarani estabeleceu placar elástico pode ter ficado a impressão ao desavisado de que o time teria realizado partida irrepreensível, mas na prática não foi bem isso.
Consistência defensiva do Guarani tem sim que ser realçada, principalmente quando o time da casa se atirou ao ataque, desconsiderando a capacidade de contra-ataque dos visitantes.
POSTURA SUICIDA
A rigor, postura suicida foi adotada pelo treinador Rodrigo Santana, do Confiança, ao pretender enfrentar o Guarani de peito aberto, querer mostrar volúpia ofensiva com um time extremamente limitado na capacidade de criação.
Logo, ao desguarnecer a sua defesa, foi surpreendido em dois gols dos bugrinos ainda durante o primeiro tempo.
Em ambos o atacante bugrino Davó ficou de mano com adversários, em contra-ataques, e se sobressaiu pela velocidade.
No primeiro gol, a bola ficaria com o lateral-esquerdo João Paulo, do Confiança, que tropeçou, caiu, e assim ficou tudo aberto para Davó avançar e servir o meia Régis, que ainda se desvencilhou do goleiro Rafael Santos antes de empurrar a bola à rede, aos 23 minutos.
Antecedendo o lance do segundo gol, o zagueiro Nirley, do Confiança, estava disputando bola na área do Guarani, que a recuperou e voltou a explorar o contra-ataque, com todo compartimento defensivo do Confiança avançado.
Aí Davó, isolado, partiu na velocidade e apenas deslocou a bola do goleiro Rafael Santos e marcou aos 43 minutos.
Até então o Guarani era um time competitivo, sem que repetisse organização ofensiva de outras partidas.
SABEDORIA
Na prática, o Guarani se mostrou um time maduro, que soube se fechar bem para evitar organização de jogadas do adversário, que, a rigor, teve chance de ouro para ficar à frente do placar quando o atacante Gustavo Ramos, de frente para o gol, desperdiçou aos 17 minutos.
Assim, coube ao Guarani explorar o erro do adversário, construir a vantagem e, a partir daí, a certeza que saberia administrá-la.
FUTEBOL ENCAIXADO
Pode-se dizer que durante o segundo tempo o Guarani soube trabalhar melhor a bola e esperar novos momentos para explorar outras falhas do adversário.
Como o lateral-direito Marcelino, do Confiança, avançava sem critério, deixava buraco nas costas que até o volante Índio, do Guarani, soube aproveitá-lo, quando foi ao fundo, recuou a bola para Davó, que cruzou e encontrou Pablo livre na área, aos 20 minutos.
A cabeçada fraca do bugrino, no canto direito, seria plenamente defensável, mas a bola ‘morreu’ na rede por falha do goleiro Rafael Santos: 3 a 0.
MAIS UM
Aí, quem presumia que o Guarani fosse deixar o tempo escoar, se enganou.
Sabiamente o treinador bugrino Daniel Paulista colocou sangue novo em campo, com entrada do atacante Alan Victor, que também explorou a vulnerabilidade do Confiança pelo lado direito de sua defesa, e em contra-ataque marcou o quarto gol, aos 29 minutos.
Por fim, em rara jogada individual bem-sucedida de Caíque Sá, dos sergipanos, saiu o gol de honra aos 39 minutos.