Guarani faz aleluia de dinheiro no Brinco
Pois é, o Guarani fez 'aleluia' de R$ 1,9 milhão na noite desta terça-feira, ao ser eliminado da Copa do Brasil para o Vila Nova (GO), no Estádio Brinco de Ouro.
Algo poderia ter sido feito para evitar que o Guarani perdesse a premiação de R$ 1,9 milhão para chegar à 3.ª fase da Copa do Brasil ?
Campinas, SP, 16 (AFI) – Décadas passadas, a molecadinha fazia ‘aleluia’ de figurinhas de jogadores de futebol para preenchimento de álbuns, isso é: jogava para o alto para quem quisesse pegar.
Fazendo uso da palavra aleluia, também em sentido figurado, imagine um milionário maluco subindo no terceiro andar de um prédio e chamando a população para aleluia de dinheiro.
Pois é, o Guarani fez ‘aleluia’ de R$ 1,9 milhão na noite desta terça-feira, ao ser eliminado da Copa do Brasil para o Vila Nova (GO), no Estádio Brinco de Ouro.
Após empate por 2 a 2 no tempo normal, o time goiano conquistou vaga à próxima fase da competição ao vencer através das cobranças de pênalti por 5 a 4, com Rodrigo Andrade e Ronaldo Alves desperdiçando para o time bugrino.
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ESQUEMA MANTIDO
Cá pra nós: o Guarani fez partida convincente contra a Ferroviária?
Claro que não.
O formato do time com dois volantes de contenção – Índio e Madison – já não havia obrigado o meia Giovanni Augusto a recuar sucessivamente na tentativa de organização?
Sim.
O que o time havia ganhado com dois atacantes de beirada – Yago e Ronald – que raramente fecham por dentro?
Pelo contrário. O time fica muito espaçado.
BETO ZINI
Por essas e outras que o futebol carece de dirigentes com o perfil do ex-presidente Beto Zini, do Guarani.
Fosse ele o presidente, na véspera do jogo o treinador Daniel Paulista teria que sentar na clássica cadeirinha do primeiro andar do prédio administrativo do clube, e Zini o interrogaria:
Quem vai jogar?
Na hipótese de a resposta do treinador sobre manutenção do time que enfrentou a Ferroviária, já seria enquadrado para que providenciasse as devidas mudanças, como a escalação do volante Bruno Silva e a volta do atacante Júlio César, uma vez recuperado de lesão.
Seria o mínimo que Daniel Paulista ouviria, e sem resmungar.
Do contrário, saberia que a porta da rua seria a serventia da casa.
É assim que se age quando treinador coloca em prática sua teimosia, contrariando a lógica.
DARIA RESULTADO?
Na prática poderia continuar tudo do mesmo tamanho, e repetição apenas de um time voluntarioso, considerando-se queda significativa de rendimento em relação à temporada passada, com saídas dos principais jogadores.
Todavia, pelo menos seria uma alternativa lógica.
POUCAS CHANCES
Convenhamos que é muito pouco o Guarani criar e converter em gol a única chance criada durante o primeiro tempo, logo aos quatro minutos.
Foi um gol da persistência do atacante Lukão, vacilo do volante Arthur Rezende na jogada, passe de Yago e finalização com raiva do meia Giovanny Augusto.
Naquele período, o Vila Nova só chegou uma vez com contundência à meta bugrina, aos 21 minutos, quando Pablo Diego, lançado nas costas de Matheus Pereira, exigiu defesa difícil do goleiro Kozlinsk, mas na cobrança de escanteio o zagueiro Renato ganhou disputa de Giovanny Augusto e empatou.
PÊNALTI ABSURDO
E não é que Lukão cometeu pênalti absurdo em bola alçada contra a área do Guarani, ao socá-la aos seis minutos do segundo tempo.
Na perfeita cobrança de Arthur Rezende o Vila Nova virou o placar, o bastante para Daniel Paulista começar com mexidas no time bugrino, as primeiras referentes às entradas de Júlio César e Rodrigo Andrade nos lugares de Yago e Madison, respectivamente.
Todavia, apesar do arrojo, o Guarani carecia de organização e assustou a defesa do Vila Nova apenas em bola cruzada que o lateral-esquerdo Matheus Pereira não soube completar com sucesso, e quando o lateral-direito Ludke chutou sem ângulo e o goleiro Giorgemy defendeu.
Quando tudo se encaminhava para que o Vila Nova sustentasse a vitória por 2 a 1, valeu a obstinação de Giovanny Augusto que acertou chute forte e indefensável aos 44 minutos, e o jogo terminou empatado.
Aí, nos pênaltis, deu Vila Nova.
LEANDRO CASTÁN. . .
Quem observou atentamente a performance do quarto-zagueiro Leandro Castán na equipe do Vasco, ano passado, chegou à lógica conclusão que nem de longe lembra aquele atleta eficiente dos tempos de Corinthians.
Aos 35 anos de idade, perdeu mobilidade e se transformou em jogador lento e batido por atacantes rápidos, notadamente quando o time vascaíno ficava exposto.
Até na bola aérea, o ponto mais forte de Castán nos tempos de Corinthians, foram constatados vacilos.
Enfim, já que os homens do futebol do Guarani têm outra interpretação ao contratá-lo, o jeito é aguardar e conferir.