Guarani explora erros do CSA; Ponte passa susto diante do Goiás
Ambos conquistam vitória de virada por 2 a 1
Guarani explora erros do CSA; Ponte passa susto diante do Goiás
Enfim o futebol de Campinas está reabilitado, coincidentemente com vitórias por 2 a 1 de Guarani e Ponte Preta, e de virada, respectivamente contra CSA, em Alagoas, e Goiás, em Campinas, na noite desta terça-feira.
Dois aspectos foram fundamentais para que o Guarani conquistasse a primeira vitória fora de seus domínios neste Campeonato Brasileiro da Série B, no Estádio Rei Pelé, em Maceió (AL).
Como o CSA foi para o intervalo com vantagem por 1 a 0, era presumível que optasse por se resguardar, o que naturalmente propiciaria avanço do Guarani.
Por intuição dos próprios jogadores bugrinos ou recomendação do treinador Umberto Louzer, o time passou a enfiar bola nas costas do lateral-esquerdo Rafinha, do time alagoano, que se mandava seguidamente ao ataque, sem que houvesse cobertura pelo setor.
Pois o meia-atacante Guilherme foi lançado nesse buraco, e, livre de marcação, avançou e arriscou chute até defensável, no canto esquerdo, mas o goleiro Mota – que havia substituído Alexandre Cajuru – não pegou, aos 12 minutos.
Em jogada repetida dois minutos depois, a bola foi alongada para Rafael Longuine, cuja intenção seria o cruzamento. Todavia, como o goleiro Mota adiantou-se precipitadamente, projetando bola alçada, foi traído e o Guarani virou o jogo.
BOLAS CRUZADAS
Depois disso, era natural que o Guarani tentasse sustentar a vantagem e rechaçasse bolas cruzadas a todo instante pelo time alagoano.
Afora a percepção para jogar no erro do adversário e ser bem-sucedido, não se pode dizer que houve significativa melhora de rendimento da equipe bugrina em relação às partidas anteriores.
Como as equipes praticamente se equivalem, o diferencial do CSA durante o primeiro tempo foi deslocação de seus jogadores para receber o passe, enquanto a boleirada bugrina ficava praticamente estática, o que facilitava a marcação.
Apesar do maior volume de jogo do adversário naquele período, o Guarani não havia passado susto até que o zagueiro Edson Silva, na tentativa de interceptar chute de Rafinha em cobrança de falta, desviou a bola contra a sua meta, e assim traiu o goleiro Bruno Brígido aos 27 minutos.
Pelo contrário: por duas vezes o CSA quase ‘entregou o ouro’. Primeiro quando o zagueiro Xandão recuou bola de cabeça sem perceber a saída do goleiro Alexandre Cajuru. Por sorte, ele ainda se recuperou no lance e travou chute de Bruno Mendes. Depois quando Mota largou bola defensável em falta cobrada por Denner, mas Everton Alemão não estava atento para completar a jogada.
PONTE PRETA
Como não vi o primeiro tempo de Ponte Preta e Goiás, as observações ficam por conta dos parceiros pontepretanos.
No segundo tempo, depois que a Ponte virou o placar – com gols de André Luís -, o Goiás atirou-se ao ataque, e colocou a vitória pontepretana em risco.
Contrariando a lógica, até o seguro goleiro Ivan cometeu erros na saída da meta, e o time não teve consistência para segurar a bola no ataque, quando tentou se organizar.
Isolado, após a substituição de André Luís, o atacante Júnior Santos foi absorvido pela marcação. Falta-se malícia na tentativa de ‘esconder’ a bola do adversário, enquanto aguarda aproximação de seus companheiros, mais recuados.
Assim, foram raros os contra-ataques pontepretanos, um deles em que Orinho poderia ter ampliado a vantagem, mas faltou precisão no arremate.
CONFIANÇA
Se torcedores de ambos clubes campineiros passam a ser mais tolerantes após a rodada, se as vitórias restabelecem confiança à boleirada, cabe aos treinadores Umberto Louzer e João Brigatti avaliarem as situações de suas equipes e procederem as devidas correções.
É natural que contra adversários mais qualificados o nível de dificuldade será aumentado, e por isso Ponte Preta e Guarani ainda precisam ser mais organizados, para que atinjam o objetivo de se aproximar do pelotão de cima da competição.