Guarani arranca empate e coloca água no chope do Bahia

O Guarani realizou mais uma partida conforme o seu estilo de valorização de posse de bola, e aproveitamento nas raras vezes que rondou a área adversária.

O empate por 1 a 1 decepcionou o torcedor baiano, que vaiou a sua equipe após o encerramento da partida. Ainda falta um ponto

Bahia frustrou mais de 48.866 torcedores na Fonte Nova
Bahia frustrou mais de 48.866 torcedores na Fonte Nova (Foto de Felipe Oliveira - EC Bahia)

Campinas, SP, 29 (AFI) – Aquele Bahia que parecia ‘tanque’ cheio no início da partida contra o Guarani, na noite desta sexta-feira em Salvador (BA), foi se esvaziando, principalmente na troca de jogadores de menor qualidade durante o segundo tempo.

Disso se aproveitou o Guarani, que realizou mais uma partida conforme o seu estilo de valorização de posse de bola, e aproveitamento nas raras vezes que rondou a área adversária.

O empate por 1 a 1 decepcionou o torcedor baiano, que vaiou a sua equipe após o encerramento da partida, resultado que não lhe antecipou o acesso ao Brasileirão de 2023, levando a definição para a última rodada, ocasião em que vai enfrentar o CRB, em Maceió.

Das seis reais oportunidades criadas pelo Bahia, apenas uma foi convertida, ainda assim em cobrança de pênalti sofrido pelo atacante Davó, ao ser calçado pelo zagueiro bugrino Derlan, e cobrado pelo argentino Lucas Mugni, aos dez minutos.

Antes disso, ainda no primeiro tempo, o zagueiro Ignácio perdeu o tempo da bola e desperdiçou a primeira chance. Caio Vidal exigiu defesa difícil do goleiro Kozlinski, e Ricardo Goulart cabeceou para fora, a um passo da pequena área.

No segundo tempo, Victor Jacaré, em cobrança de escanteio, chutou a bola na trave. Davó, cara a cara com Kozlinski, chutou fraco e desperdiçou a chance, até que Ytalo, que o havia substituído, exigisse defesa difícil de Kozlinski, em cabeçada.

POUCAS CHANCES

Na contabilidade exata, o Guarani contou com apenas duas chances claras de gol, exceto o pênalti.

No primeiro tempo, o volante Rodrigo Andrade fez jogada pela esquerda e o passe foi direcionado para o meia-atacante Isac que, livre de marcação, finalizou, com intercepção do zagueiro Luiz Otávio, cedendo escanteio.

Depois, no segundo tempo, cabeçada do zagueiro João Victor, ocasião em que o goleiro Mateus Claus praticou a única defesa difícil na partida.

Todavia, como os deuses dos estádios convergem para o Guarani, eis que uma bola cruzada pelo lateral-direito Ludke bateu no braço de Miqueias, que a arbitragem assinalou pênalti, aos 37 minutos, convertido pelo centroavante Yuri Tanque.

BAHIA PRESSIONA

Proposta inicial do Bahia era chegar rapidamente ao gol, e por isso marcou saída de bola do Guarani e o pressionou, de forma que se mantivesse no ataque.

Assim, tomou conta do jogo até os 15 minutos, quando o Guarani conseguiu se respirar e se soltar, naquele estilo característico de usar mais o lado esquerdo do campo, deixando ao Bahia contra-ataques em velocidade pela direita, com Davó.

Foi o período que, na prática, o Guarani até teve mais posse de bola, porém sem contundência.

LUDKE

No intervalo, o treinador Mozart dos Santos, do Guarani, fez providencial alteração com a entrada do lateral Ludke no lugar de Alvarinho, mudança que permitiu transição mais rápida ao ataque pelo lado direito.

Com a equipe rondando mais vezes a área do Bahia, sem contudo criar oportunidades, exceto em bola cruzada com cabeceio do zagueiro João Victor, em defesa de puro reflexo do goleiro Mateus Claus, aos 13 minutos.

Depois, as substituições no Bahia refletiram em queda de rendimento, e a partida foi se arrastando até o lance do pênalti favorável ao Guarani, que determinou o empate. 


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