Grito das ruas de bugrinos derruba treinador Allan Aal; Jorginho ou Léo Condé?
Dirigentes do Guarani cedem às pressões dos torcedores
Grito das ruas de bugrinos derruba treinador Allan Aal; Jorginho ou Léo Condé?
A Ponte Preta tem sido uma das raras exceções em que pressão da torcida não move moinho, quando o assunto é demissão de treinador.
Aos trancos e barrancos o comandante Fábio Moreno ainda consegue se sustentar no cargo, e assim o clube desperdiça oportunidade de um consistente trabalho de reformulação, com chegada de outra comissão técnica.
No Guarani, o grito das ruas ecoou no ‘queijo’ do Estádio Brinco de Ouro, onde se concentram membros do CA (Conselho de Administração) do clube, que cederam a pressões, determinando a demissão do treinador Allan Aal.
Aal conseguiu restabelecer padrão tático ao time durante o Paulistão, mas morreu abraçado com as suas convicções.
A insistência com o contestado volante Índio foi uma delas, quer escalando-o, quer aproveitando-o no transcorrer de partidas.
Substituições de jogadores igualmente caíram na mesmice. Além disso, contou contra o treinador a ineficiência de um ataque que não soube aproveitar nem 20% das oportunidades criadas.
QUEM VEM?
Presidente do clube, Ricardo Moisés, confessou que as prioridades na escala de sucessão no comando técnico são Jorginho e Léo Condé.
É sabido que a vinda de Jorginho fica condicionada a um projeto de fortalecimento do elenco, de forma que tenha condições de disputar o acesso ao Brasileirão de 2022.
Ele já mostrou sua postura enquanto gestor de grupo, com controle absoluto para evitar desajustes físicos e técnicos de jogadores.
Léo Condé, vinculado ao Novorizontino, tem contrato até o final do ano, e o desligamento implica em multa que precisaria ser assumida pelo Guarani.
Condé teve trabalho elogiado na passagem pelo Sampaio Corrêa durante a última Série B do Brasileiro, e na condução do Novorizontino.
DOUGLAS BAGGIO
Todavia, dois aspectos são questionados no comando do clube: por que tem preterido o meio-atacante Douglas Baggio, que faz por merecer lugar entre os titulares?
Por que a admissão de elenco com alta média de idade, que teve influência na queda de rendimento físico da equipe nos últimos 25 minutos dos jogos, principalmente considerando-se a maratona do Paulistão?
Dos defensores, Bruno Aguiar e Edson Silva têm 35 anos de idade e Paulinho 36. Volante Adílson Goiano 33, enquanto, dos atacantes, Guilherme Queiroz e Jenison 30 anos, e Cléo 31.
Logo, embora tecnicamente o Novorizontino tenha mais recursos técnicos de que a Ponte, adversária desta quinta-feira da final do Troféu do Interior, a intensidade física dos pontepretanos pode credenciá-la à vitória.
COLUNAS NO AR
Duas colunas de áudio estão atualizadas.
No âmbito doméstico, lembrança do então lateral-direito Sóter, assassinado em 1986, no material de Cadê Você.
Ele passou pelo Guarani em 1982, sem que conseguisse se firmar como titular.
Na produção de Memórias do Futebol, foi citado o saudoso Chico Formiga, que teve trajetória como jogador e treinador nas principais equipes paulistas.