Gregg Berhalter foge de polêmicas sobre o Irã: "É mais um jogo de futebol"

Foram inúmeras perguntas de viés político às vésperas do confronto.

Seleção americana precisa da vitória diante de concorrente direto.

Gregg Berhalter EUA 2022
Gregg Berhalter se esquivou de polêmicas.

Campinas, SP, 28 – O técnico dos Estados Unidos, Gregg Berhalter, não quis entrar em polêmicas nesta segunda-feira, véspera da partida da sua seleção contra o Irã, pelo Grupo B da Copa do Mundo. Na coletiva pré-jogo, o treinador recebeu várias perguntas com viés político, mas optou por se concentrar no futebol, mais precisamente na partida decisiva Al Thumama Stadium.

“Vim aqui para falar sobre os Estados Unidos, não de Jürgen Klinsmann. É melhor perguntar para ele. Quando penso nessa partida, sei que envolve outras coisas, outros sentimentos. Mas para nós é mais um jogo de futebol contra um bom time, um duelo que se tornou mata-mata, com as duas equipes em busca de classificação. É assim que pensamos sobre este confronto. O esporte tem que unir os países, assim como vimos na Olimpíada. Como irmãos”, disse o treinador.

O treinador se desculpou pelas questões polêmicas protagonizadas diretamente ou indiretamente pelos Estados Unidos. A Federação Iraniana de Futebol pediu à Fifa a exclusão do time americano da Copa do Mundo porque a federação do país alterou a bandeira do Irã, numa postagem nas redes sociais, numa tentativa de apoio aos direitos das mulheres no país do Oriente Médio.

Para piorar o clima, nos últimos dias, Jürgen Klinsmann fez declarações consideradas racistas pelos iranianos. O alemão tem forte ligação com os EUA por já ter comandado a seleção do país.

“Não sei sobre política internacional, sou treinador. Não posso responder sobre essas coisas. Não temos ideia do que é feito, do que é publicado. Não quero parecer que não me importo, mas esses jogadores trabalharam muito para chegar aqui, e estamos concentrados no nosso trabalho. Tudo que podemos é pedir desculpas, em nome dos jogadores e do nosso staff”, completou.

O capitão Tyler Adams declarou apoio ao povo do Irã. “Nós apoiamos o povo do Irã e o time. Mas estamos focados no jogo, assim como eles. Será muito importante para a nossa campanha, e acho que eles estão pensando da mesma forma”, afirmou.

Os Estados Unidos têm péssimas lembranças de partidas contra o Irã. O treinador, como comentarista, assistiu a equipe iraniana derrotar os americanos por 2 a 1, na Copa do Mundo de 1998. “Aquele jogo ainda queima na minha memória. Só um time entrou em campo para conquistar a vitória, e foi o Irã”, finalizou.

O Irã é o segundo colocado do Grupo B, com três pontos, contra dois dos Estados Unidos. A equipe iraniana avança com um empate, desde que o País de Gales, com um, não o ultrapasse em saldo de gols em caso de vitória sobre a Inglaterra, líder, com quatro pontos.

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