Governo russo diz que precisa analisar punição do COI antes de tomar medidas

O Kremlin negou veementemente a existência de um programa de doping patrocinado pelo governo

O Kremlin negou veementemente a existência de um programa de doping patrocinado pelo governo

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Campinas, SP, 06 – O Kremlin analisará a decisão do Comitê Olímpico Internacional (COI) de vetar a presença da Rússia nos Jogos de Inverno de Pyeongchang antes de tomar qualquer decisão envolvendo a participação do país no evento, disse, nesta quarta-feira, um porta-voz do presidente Vladimir Putin.

“Devemos colocar as emoções de lado” e “fazer uma análise séria” da decisão antes de tomar qualquer medida, disse Dmitry Peskov. Ele também declarou que a Rússia “ainda precisa responder a algumas perguntas” do COI.

Perguntado se as autoridades russas que foram impedidas de participar da Olimpíada de Inverno seriam penalizadas ou demitidas, Peskov insistiu que esse assunto não é uma prioridade e que “proteger os interesses dos nossos atletas” é o mais importante.

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Antes da manifestação do governo, os legisladores russos culparam as autoridades esportivas do país por não terem feito o suficiente para evitar a punição do COI. A investigação do organismo olímpico concluiu que membros do governo russo fizeram parte de um esquema para uso de doping nos Jogos de Sochi em 2014.

O Kremlin negou veementemente a existência de um programa de doping patrocinado pelo governo. Konstantin Kosachev, presidente do Comitê de Assuntos Exteriores da câmara alta do parlamento russo, disse que a decisão do COI é “claramente parte da política do Ocidente para restringir a Rússia”, mas também insistiu que as autoridades esportivas locais são culpadas e “devem assumir a responsabilidade pessoal” por deixar isso acontecer.

O vice-presidente da comissão de procedimentos do Conselho da Federação,

Vladimir Poletayev, foi ainda mais longe e pediu a saída dos principais dirigentes esportivos do país. “Todas as nossas autoridades esportivas, inclusive as do Comitê Olímpico da Rússia, deveriam ser responsabilizadas pela punição da Rússia e deveriam pedir demissão”, disse.