Goleiro pede desculpas após arremessar objeto em criança no Gre-Nal
O pai da vítima fez um Boletim de Ocorrências e o goleiro usou suas redes sociais para se desculpar e dizer que não teve intenção de acertar o menor
O Gre-Nal de sábado está longe de chegar ao fim. Após o jogo, na descida dos jogadores do Grêmio aos vestiários do Beira-Rio, muitos torcedores do Inter provocavam os gremistas após vitória de 1 a 0 quando Caíque passou com uma bola de esparadrapos em mãos. O objeto acabou jogado em direção aos rivais e acertado uma criança de 11 anos. O pai da vítima fez um Boletim de Ocorrências e o goleiro usou suas redes sociais para se desculpar e dizer que não teve intenção de acertar o menor.
“Passando aqui para esclarecer algo que ocorreu no último sábado no clássico Gre-Nal. Primeiramente para me desculpar com a família, com a criança também. Errei em ter arremessado uma bolinha de esparadrapo. Mas não tive intenção nenhuma de jogar, de direcionar a uma criança”, disse Caíque em vídeo no Instagram.
“Tenho um filho de 6 anos e jamais queria, como muitas pessoas estão dizendo que eu agredi uma criança. Errei sim em jogar essa bolinha, mas não tive intenção de direcionar a uma criança”, explicou. “Passando só para esclarecer isso, pedir desculpas à família, à criança. Já entrei em contato com o pai, mandei mensagem, pedi para os meus empresários mandarem mensagem, advogado também. Só para esclarecer e dizer que não houve agressão nenhuma. Errei em arremessar a bolinha, infelizmente atingiu uma criança, mas só passando para esclarecer o que ocorreu. Obrigado.”
O Grêmio havia emitido uma nota oficial na segunda-feira repudiando possível ato de injúria racial que teria sido praticado por um torcedor do Internacional em direção aos gremistas durante o Gre-Nal nesta descida ao vestiário. Mas não explicou qual seria. O goleiro não reclamou de racismo.
“O Grêmio tomou conhecimento de uma imagem feita no último sábado, durante o clássico, que mostra um torcedor da torcida adversária fazendo gestos em direção à torcida Tricolor que podem configurar o crime de injúria racial. Durante o domingo, a organização ‘Observatório da Discriminação Racial no Futebol’ se manifestou informando que vai monitorar os desdobramentos do caso. O Grêmio defende que o fato seja investigado pelos órgãos competentes, para que seja devidamente esclarecido, e eventuais medidas cabíveis sejam tomadas”, disse a nota do clube.
O Inter rebateu, pedindo providências após a “agressão” de Caíque. “O Inter já encaminhou, a pedido da polícia civil, as imagens de câmeras de segurança para a investigação. Conforme a ocorrência, uma criança foi atingida com um objeto formado por esparadrapo atirado na saída do campo. A CBF também acompanha o fato. Assim que souberam do fato, Inter e Brio acolheram pai e filho e prestaram a assistência necessária.”