Goleada foi exagero, mas que o Guarani mereceu perder, isso mereceu!

O Guarani não mereceu outra sorte na partida, como foi claro que o placar também não reflete com fidelidade aquilo que se viu no gramado do Brinco

Não se enganem quando disserem que o Guarani criou incontáveis chances, pois isso não reflete a realidade. As finalizações foram erradas

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Guarani vacilou de novo. Foto: Thomaz Marostegan - GFC

Campinas, SP, 6 (AFI) – Que o Guarani, convenhamos, não mereceu outra sorte na partida da noite desta segunda-feira, no Estádio Brinco de Ouro, mas ser goleado por 3 a 0, como foi, claro está que o placar também não reflete com fidelidade aquilo que foi a partida.

Não se enganem quando disserem que o Guarani criou incontáveis chances, pois isso não reflete a realidade.

Jogador arriscar chute de fora da área e sem direção como fizeram Yago, Lucão, Ronaldo Alves e Rodrigo Andrade não significa absolutamente nada.

Houve chute defensável de Rodrigo Andrade e apenas uma finalização de Giovanni Augusto que exigiu defesa com nível de dificuldade do goleiro Vanderlei.

PÊNALTI

Afora isso, o pênalti marcado pelo árbitro Maguielson Lima Barbosa não pode ser contestado, visto que a bola bateu na mão do atacante Silvinho do Operário, aos 50 segundos do segundo tempo, dentro da área.

Na cobrança, Giovanni Augusto desperdiçou. A bola foi espalmada pelo goleiro Vanderlei e explodiu no travessão, na sequência.

OPERÁRIO APROVEITA

Já o Operário chutou cinco bolas em direção ao gol bugrino, e contou com aproveitamento extraordinário.

A primeira vez ocorreu apenas aos 37 minutos do primeiro tempo, em escapada do volante Fernando Neto pela esquerda, passe para trás visando a chegada de Silvinho, que chutou de primeira, no canto esquerdo baixo do goleiro Kozlinski, sem chances de defesa: Operário 1 a 0.

Depois, duas vezes em cobranças de faltas através do atacante Paulo Sérgio. Se na primeira Kozlinski defendeu, na segunda a bola explodiu no travessão.

Nas duas outras bolas chutadas em direção à meta bugrina, e de fora da área, com Kozlinski muito adiantado, Tomas Bastos marcou aos 38 e Pavani aos 42 minutos.

NADA DE CHAMUSCA

Qual a cara do treinador Chamusca no comando do Guarani? Nenhuma.

Claro está que a boleirada bugrina procura se desdobrar em campo, o time mostra intensidade, mas isso se restringe apenas à obrigação de qualquer equipe.

Como o Operário entrou em campo desligado, cedendo espaço para o Guarani colocar em prática jogadas de velocidade, deixou a impressão que pudesse construir a vantagem nos primeiros 15 minutos.

Aí, quando o Operário foi ajustando o cinturão de marcação na cabeça da área, coube ao Guarani apenas rodar a bola no seu campo de ataque, porém sem capacidade de penetração, até que o adversário recuperasse a posse.

E isso se repetiu ao longo da partida, numa clara demonstração que Chamusca não conseguiu potencializar individualidade de seus atletas para jogadas pessoais, a fim de que haja infiltração sobre defensores adversários.

Ficou a impressão que a boleirada bugrina tem receio de tentar o drible e perder a bola, e por isso opta pelo passe até sem objetividade.

Afora isso, excesso de bola alçada à área adversária, basicamente na base do desespero, desconsiderando-se que o Operário atuava com três zagueiros com potencial no jogo aéreo defensivo.

DIOGO MATEUS

A desarrumação tática do Guarani ficou explícita quando o time partiu com tudo sobre o Operário e a defesa ficou exposta ao contra-ataque.

Num desses, paradoxalmente puxado pelo lateral-direito Arnaldo, como se fosse ponteiro-esquerdo, fatalmente ele ficaria na cara do gol quando o lateral-direito Diogo Mateus, do Guarani, trocou o gol pela expulsão, ao cometer falta.

CLAUDINEI DEMOROU

E com um a menos desde os 14 minutos do segundo tempo, o Guarani continuou afoito e o Operário só ficou sem posse de bola pela demora de seu treinador Claudinei Oliveira em fazer substituições, para oxigenar a equipe.

Se havia um buraco na lateral-direita do Guarani, recomendável seria Saraiva ter substituído o cansado Silvinho bem antes dos 37 minutos, assim como Claudinei não teve percepção que o meia Rafael Chorão nada acrescentava, com ganho notório a partir da entrada de Pavani no lugar dele. Se não, o desastre poderia ter sido ainda bem maior.

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