Golaço de Régis no empate do Guarani por 3 a 3
O empate no Mineirão caiu bem para o que mostraram em campo os dois times
Foi a repetição do placar do Campeonato Brasileiro da Série B da temporada passada.
Em jogo recheado de alternativas, quatro gols de cabeça provenientes de cobranças de escanteios, e com direito a golaço do meia Régis, o Guarani empatou com o Cruzeiro por 3 a 3 na noite desta quarta-feira, no Estádio do Mineirão, em Belo Horizonte.
Foi a repetição do placar do Campeonato Brasileiro da Série B da temporada passada.
E desta vez o resultado se ajustou perfeitamente à disposição técnica-tática de ambas as equipes, com leve predomínio para um e outro durante o transcorrer do jogo.
Aquele em desvantagem no placar sempre correu atrás do prejuízo, e isso implicou normalmente no adversário se resguardar.
‘LÁ E CÁ’
Contribuiu para o telespectador conferir partida na base do ‘lá e cá’ o fato de o Guarani ter aberto o placar logo aos cinco minutos, quando Régis cobrou escanteio no primeiro pau e Bruno Sávio, contrariando as suas características, girou no ar para o cabeceio, colocando a bola fora do alcance do goleiro Fábio.
Como o Cruzeiro passou a encurralar o Guarani em seu campo de defesa, conseguiu virar o placar em quatro minutos, a partir dos 18 do primeiro tempo.
Nas duas ocasiões o zagueiro Léo Santos – ex-Ponte Preta e Ituano -, 1,97m de altura, ganhou por cima.
Na primeira cabeçada a bola ainda resvalou na cabeça do zagueiro bugrino Thales, no típico gol contra. Depois, inexplicavelmente, Léo subiu sozinho.
BRUNO SÁVIO
Por intuição ou determinação, o certo é que Bruno Sávio passou a arriscar finalizações de fora da área, e na segunda tentativa a bola, desviada pelo cruzeirense Matheus Barbosa, traiu o goleiro Fábio, aos 30 minutos: 2 a 2.
Em débito com o torcedor cruzeirense, Matheus Barbosa conseguiu compensar ao testar a bola, livre de marcação, em escanteio, e recolocar o seu time em vantagem aos 44 minutos. A cabeçada foi no meio do gol, em hesitação do goleiro Gabriel Mesquita.
GUARANI ENCURRALA
A dança do placar movia as equipes a tomadas de decisões na partida.
O vencedor procurando se precaver, e o perdedor se encorajando em busca do resultado.
Foi assim que o Guarani, que voltou a pautar pela ofensividade, começou a rondar a meta adversária, como num chute de média distância do lateral-esquerdo Bidu, ocasião em que Júlio César ainda tentou desviar a trajetória da bola, porém sem sucesso.
Encorajado por ter sido bem-sucedido em arremate de fora da área, Bruno Sávio optou por terceira tentativa nesse expediente, agora sem êxito.
MARCINHO
Como era maior o volume de jogo do Guarani até os 20 minutos do segundo tempo, equivocadamente o treinador Mozart, do Cruzeiro, sacou o lúcido Marcinho para reforçar a pegada no meio de campo de sua equipe, com a entrada do volante Rômulo.
Ora, por que não optou pela saída do atacante Rafael Sóbis, posicionado longe da área e sem produtividade?
Com a saída de Marcinho, o Cruzeiro perdeu organização de jogadas ofensivas e propiciou continuidade de incursões do Guarani, recompensado aos 23 minutos do segundo tempo, com lance de plástica.
Atacante Davó teve percepção da infiltração do meia Régis e o serviu com toque de calcanhar, o suficiente para colocá-lo em condições de ainda limpar dois adversários e deslocar a bola do goleiro Fábio, determinando o empate por 3 a 3.
GABRIEL MESQUITA
Depois disso as duas equipes tiveram mexidas de jogadores, ocasião em que o Cruzeiro, nos pés do atacante Thiago, que havia entrado no lugar de Adriano, ainda teve a chance de definir o gol da vitória. Todavia, em vez de ‘cavadinha’, a opção de chute atingiu o goleiro Gabriel Mesquita do Guarani, aos 41 minutos.