Goiás tem mais de R$ 8 milhões bloqueados por ação judicial

Prefeitura de Goiânia acusa o clube de atrasar o pagamento do IPTU de 2020 para 2021 e irrita o presidente esmeraldino

O Goiás tenta uma liminar na Justiça para suspender o bloqueio financeiro, que pode significar o colapso do clube dentro do Campeonato Brasileiro

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Goiás enfrenta o Fluminense nesta quarta-feira (Foto: Rosiron Rodrigues/Goiás EC)

Goiânia, GO, 24 (AFI) – Na última segunda-feira (23), o Goiás Esporte Clube teve pouco mais de R$ 8,6 milhões bloqueados na Justiça em consequência de uma ação movida pela Prefeitura de Goiânia, que acusa o Esmeraldino de atrasar o pagamento do IPTU de 2020 para 2021. O presidente Paulo Rogério Pinheiro se mostrou indignado e fez duras críticas ao prefeito Rogério Cruz, afirmando que o clube está sendo “coagido” pelo órgão público, que “não consegue fazer nada na capital”.

Limparam nossas contas. Se a gente tiver que pagar um boleto hoje, não vamos pagar. Só se eu tirar do meu bolso e nem empréstimo bancário eu consigo fazer. Limparam, literalmente, os cofres do Goiás. Nós estamos sendo coagidos por essa prefeitura, é uma vergonha o que estão fazendo. Com sinceridade, dá vontade de renunciar e ir embora para minha casa” – disse Pinheiro à Rádio Band News de Goiânia.

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Paulo Rogério Pinheiro (Foto: Divulgação/Goiás EC)

OUTROS CONFLITOS

O presidente revelou, ainda, que existem outros conflitos entre o clube e a Prefeitura. Ele aponta que o Goiás vem sendo prejudicado por ações “indevidas” com relação ao estacionamento do Centro de Treinamento. O caso fez com que o clube perdesse o certificado de Clube Formador da CBF, que garante benefícios na formação de jovens atletas.

Tem outros problemas também. O Goiás perdeu o selo de Clube Formador da CBF há cinco anos, sabe por qual motivo? Perdemos um alvará de funcionamento do CT, pois a Prefeitura queria 5.400 vagas de carro. Eles alegaram que os gramados são áreas construídas, então mandei um parecer. Não aceitaram. Fui no AMA [Agência Municipal do Meio Ambiente], e eles alegaram que, de acordo com uma lei de 1970, toda área verde em nome de uma pessoa jurídica tem que ter estacionamento. Não há um bom senso. O maior shopping de Goiânia não tem isso para se ter uma ideia” – conta Paulo Rogério.

DESESPERO

Agora, o Goiás tenta uma liminar para reverter a situação e suspender o bloqueio financeiro. Como o presidente destacou, o cofre foi “limpado” e o clube tem dificuldades para arcar com seus compromissos esportivos e contratuais.

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