Gilson Kleina foi melhor que Daniel Paulista no dérbi sem gols no Majestoso
Ponte Preta se posicionou melhor e faltou só deixar Moisés mais adiantado
Técnico pontepretano mostrou que é possível fazer mais com menos no dérbi campineiro
Treinador Gilson Kleina, da Ponte Preta, mostrou que é possível fazer mais com menos no dérbi campineiro que terminou sem gols na noite desta sexta-feira, no Estádio Moisés Lucarelli.
Não bastasse ter ajustado um cinturão de marcação para aniquilar a tentativa de penetração do Guarani, o posicionamento de sua equipe com espaços sempre preenchidos com quatro homens na faixa central resultou em ganhar a maioria dos rebotes, para posterior reorganização de jogadas ofensivas, notadamente no primeiro tempo, com a mobilidade do volante Marcos Júnior.
MOISÉS
Aí entra a limitação da peça ofensiva pontepretana, que depende de lampejos de Moisés para definições de jogadas.Neste dérbi sem vencedor, faltou apenas uma estratégia para Kleina colocar em prática: ter posicionado Moisés mais adiantado, mais próximo da área adversária, para terminar as jogadas.
Como ele voltava sistematicamente para buscar bola, mesmo quando ganhava na individualidade do lateral-direito Ludke, o caminho a percorrer era longo e isso permitia recomposição de jogadores de marcação do Guarani.
DANIEL PAULISTA
Se o treinador Daniel Paulista sabe trabalhar bem a sua equipe no pré-jogo, quando a bola rola ainda lhe falta ‘estrada’.Não observou que em a Ponte ‘povoando’ mais o meio de campo resultaria em mais posse de bola.
Elementar, neste caso, que puxasse um dos atacantes de beirada por dentro, pois Régis, na recomposição, não tem características de marcação e o volante Rodrigo Andrade nem de longe repetiu o seu futebol de intensidade.
Fosse um adversário mais qualificado de que a Ponte Preta na parte ofensiva, o risco de derrota do Guarani seria bem maior.
Inadmissível Daniel Paulista não corrigir o posicionamento em campo do meia Régis, que voltava sistematicamente na tentativa de organizar jogadas, quando o recomendável é que se posicionasse mais próximo da área adversária, no papel de definidor de jogadas.
E mais: toques de bola com lentidão e sem objetividade – como o mostrado pelo Guarani – só serão compensados em eventual falha do adversário, o que não ocorreu neste dérbi.
CURIOSIDADES
Entrada violenta em campo com um minuto de jogo, como aquela do zagueiro pontepretano Cleylton – resultante em cartão amarelo – só havia ocorrido em 1983 do lateral-direito Édson Abobrão, da Ponte Preta, no meia Neto, do Guarani, com 40 segundo de jogo no Estádio Brinco de Ouro, ocasião em que o árbitro Almir Laguna aplicou o cartão vermelho.
A Ponte Preta só passou do meio de campo após o nono minuto de jogo. Possivelmente isso jamais ocorreu na histórias dos dérbis. E foi o período em que o Guarani teve cinco escanteios favoráveis.
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