Americana, SP, 15 (AFI) – Com enorme experiência no futebol, funcionário de quase 30 anos do Rio Branco, o homem de confiança da diretoria do clube, Juraci Catarino, apontou nesta semana os vários fatores que levaram o time a estar, hoje, na penúltima colocação do Campeonato Paulista com risco de rebaixamento. O gerente de futebol acredita, porém, que a tabela de jogos ainda permite uma reação.

“Infelizmente, este ano, aconteceu dos jogadores contratados não se encaixarem. No ano passado, até com atletas de nível inferior, deu certo e fizemos um excelente Paulistão”, frisa.

Mas ele acrescenta outros problemas que ajudam à péssima campanha. “Não houve, do ano passado para este, uma seqüência entre o Brasileiro da Série C e o Paulistão. E isto, na minha opinião, é fundamental. Mudamos 90% do grupo de jogadores porque alguns não queriam mais ficar, como Thiago, Everton e Diogo, e outros que passaram por cirurgias, como Clayton e Maurinho. Só aí é meio time”, afirma Juraci Catarino.

Ele lembra que a campanha já foi ruim na Série C de 2006, com reflexos agora. Quando o clube percebeu que o técnico Zé Teodoro não estava dando resultado, houve troca de toda a comissão técnica, que também, ainda, não surtiu o efeito esperado.

“Com o novo treinador, seis jogadores foram dispensados e outros seis contratados, que precisam de tempo para adaptação e condicionamento físico. Tudo isso complica”, destaca.

Catarino reitera que a saída para o futebol do Rio Branco, na sua opinião, é levantar recursos financeiros junto às empresas. O clube está em crise financeira há anos e deve demorar para sair dela.

Ele concorda, também, que entre os 20 times atuais do Paulistão, apenas outros três trabalham na filosofia de colaboração e sem dinheiro como o Rio Branco, que são Santo André, América e São Bento. Todos os outros 16 clubes têm forte apoio financeiro.