Galvão encerra história nas Copas sem narrar o esperado hexa
A Globo prepara ainda o lançamento de um documentário original da plataforma de streaming Globoplay para contar a vida de Galvão Bueno
"Para mim, nessa televisão aberta, na Rede Globo, depois de 42 anos, eu me despeço do Brasil em Copas do Mundo", disse o narrador
São Paulo, SP, 9 – Chegou ao fim o sonho dos brasileiros em ver a seleção conquistando o hexa na Copa do Mundo do Catar. A eliminação para a Croácia, nos pênaltis, também marcou a última vez que Galvão Bueno narrou uma partida do Brasil em Mundiais. Aos 72 anos, o ícone das transmissões esportivas sai de cena e passa o bastão para a nova geração de narradores.
“Foi um grande prazer trabalhar com vocês (Ana Thaís Mattos, Roque Jr. e Júnior). Para mim, nessa televisão aberta, na Globo, depois de 42 anos, eu me despeço do Brasil em Copas do Mundo”, disse.
“E antes que alguém diga que o Galvão é pé frio, eu narrei dois títulos, hein”, concluiu. Antes de se despedir, ele revelou que irá torcer para a Argentina agora que o Brasil não está mais na Copa.
SEGUE NA TELEVISÃO
Galvão está se despedindo da narração, mas não da carreira na televisão. A Globo mantém conversas com ele para a assinatura de um novo contrato. O vínculo atual do narrador com a emissora carioca se encerra em dezembro. São 41 anos no canal.
Dono de uma das vozes mais marcantes da narração esportiva, Galvão Bueno ganhou notoriedade como o narrador oficial da seleção brasileira na Globo, participando da cobertura do tetracampeonato mundial, em 1994, e do penta, em 2002. Versátil, ficou conhecido por narrar as vitórias do Ayrton Senna na Fórmula 1 e, mais recentemente, foi a voz do ouro de Rebeca Andrade na Olimpíada de Tóquio.
A Globo prepara ainda o lançamento de um documentário original da plataforma de streaming Globoplay, que vai contar com curiosidades inéditas sobre a vida e a carreira do narrador. Ainda não há data para o lançamento.
RELEMBRE MOMENTOS MARCANTES
Na final da Copa de 1994, Galvão ficou marcado pelo grito de “É tetra!” após o italiano Roberto Baggio isolar a sua cobrança e dar o título ao Brasil.
“Sai que é sua, Taffarel” é certamente um dos bordões mais icônicos do narrador. A frase ficou na memória dos brasileiros ao ser dita por Galvão na disputa por pênaltis da semifinal da Copa de 1998, contra a Holanda.
Na Copa América de 2004, o Brasil perdia até os acréscimos da final contra a Argentina. Galvão narrava já em tom de derrota quando sentiu a possibilidade do empate e falou “capricha, Adriano”. Gol no apagar das luzes e mais um título para a seleção narrado por Galvão.
Galvão Bueno também ficou marcado pela fatídica narração do 7 a 1 para a Alemanha, na semifinal da Copa de 2014, no Brasil. “Lá vem eles de novo” e “virou passeio” foram algumas das frases que o torcedor não esquece daquele dia.
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