Futebol Interior faz uma Seleção Histórica do Dérbi
Às vésperas do clássico, portal montou um timaço de jogadores que vestiram as camisas de Guarani e Ponte Preta entre os anos 1970/80
Às vésperas do clássico, portal montou um timaço de jogadores que vestiram as camisas de Guarani e Ponte Preta entre os anos 1970/80
Campinas, SP, 04 (AFI) – Às vésperas de um dérbi depois de cinco anos, o Portal Futebol Interior faz uma Seleção de jogadores que vestiram as camisas de Guarani e Ponte Preta entre os anos 1970/80, justamente nas duas décadas de o futebol campineiro era referência no Brasil. Nesse período, a Ponte Preta foi três vezes vice-campeão paulista e cedeu vários jogadores para a Copa do Mundo. O Guarani foi campeão brasileiro das Séries A e B, além de ter sido vice-campeão do Brasil e ter participação destacada na Taça Libertadores de 1979. Também cedeu vários jogadores para a Seleção Brasileira.
Tendo como critério jogadores que se destacaram ao longo da carreira e que jogaram pelo Guarani e pela Ponte Preta, veja como ficaria uma seleção formada por atletas que atuaram nos dois times de Campinas: Carlos; Edson Abobrão, Estevão Soares, Nelson e Jair Picerni; Charles Guerreiro, Ailton Lira, Jorge Mendonça e Renato; Lúcio e Lola. O treinador não poderia ser outro que Zé Duarte, até hoje uma lenda nos dois clubes e no banco Waldir Perez, Toninho Camarão, Ângelo, Gersinho e Afrânio. Nos anos 1970/80, o banco de reservas tinha apenas cinco jogadores.
Embora vários outros jogadores tenham atuado no Guarani e na Ponte Preta, o critério usado pelo Futebol Interior foi de escolher jogadores que atuaram na duas equipes nas décadas de ouro do futebol campineiro, anos 1970/80.
CONFIRA DETALHES DOS JOGADORES DA “SELEÇÃO DO DÉRBI”:
CARLOS:- Revelado pela Ponte Preta, Carlos foi considerado um dos maiores goleiros do Brasil e disputou três Copas do Mundo (1978, 1982 e 1986, essa como titular). Identificado com a Ponte Preta, Carlos jogou no Guarani em 1991. Tinha fama de pé-frio pois nunca ganhou um título. Atualmente, trabalha no São Paulo na preparação dos goleiros.
EDSON ABOBRÃO:- Também relevado pela Ponte Preta e lateral da Seleção Brasileira na Copa de 1986. Depois de jogar no Corinthians e Palmeiras, passou pelo Guarani em 1991 e foi importante no acesso bugrino na Série B do Campeonato Brasileiro daquele ano. Morando em São José do Rio Pardo, já foi treinador do São Bernardo e de outras equipes.
ESTEVÃO SOARES:- Revelado pelo Guarani e tendo sido convocado para todas as Seleção de Base, teve uma séria contusão que abreviou sua carreira no estádio Brinco de Ouro. Depois de conquistar muitos títulos, esteve na Ponte Preta em final de carreira em 1989. Hoje, é o treinador do Itumbiara-GO no Campeonato Brasileiro da Série D.
NELSON:- Outro zagueiro de categoria revelado pelo Guarani tendo sido campeão paulista do 1º turno em 1976, e sido vendido ao Flamengo onde foi titular em uma equipe que tinha Leandro, Rondinelli, Junior, Carpegiani, Zico e companhia. Depois de rodar o Brasil e o Oriente Médio, passou pela Ponte Preta em meados da década de 1980 sem ter muito destaque. Morando em Araras, no interior paulista, faz partidas exibição e trabalha com garotos em escolinhas de futebol da cidade onde reside.
JAIR PICERNI:- Marcante lateral da Ponte Preta no vice-título de 1977 e treinador de sucesso nos dois times de Campinas, Jair foi emprestado pelo Paulista de Jundiaí ao Guarani em 1973, onde foi lateral reserva atuando na direita e na esquerda, sendo bastante aproveitado. Hoje mora em Jundiaí e é treinador de futebol aposentado.
CHARLES GUERREIRO:- Descoberto pela Ponte Preta no Paysandu-PA, Charles foi um destaque de um período de pouca expressão da Ponte Preta e depois teve bom desempenho no Guarani tendo sido negociado com o Flamengo-RJ que lhe deu visibilidade a ponto de chegar à Seleção Brasileira. Morando em Belém-PA, Charles tem dirigido times da Região Norte do Brasil.
AILTON LIRA:- Revelado pela Ponte Preta no final dos anos 1960, teve que deixar a Macaca em razão de Dicá jogar na mesma posição. Após destacar-se na Caldense-MG, fez sucesso no Santos e São Paulo e depois de um período no Oriente Médio, teve uma rápida passagem pelo Guarani em 1982. Residindo em Araras, Ailton Lira vem prestando serviços para o Santos como observador técnico.
JORGE MENDONÇA:- Para muitos o melhor jogador do Guarani de todos os tempos, onde formou uma lendária dupla de ataque com Careca em 1982, ficando em terceiro lugar no Campeonato Brasileiro. Depois, foi diretamente para a Ponte Preta, mas não repetiu o mesmo sucesso. Morreu em 2006 quando trabalhava no projeto “Bugrinho” no Guarani.
RENATO:- Revelado pelo Guarani, Renato foi campeão brasileiro de 1978 e depois fez sucesso em grandes times e esteve na Seleção Brasileira na Copa de 1982. No final de carreira, voltando do Japão, Renato jogou na Ponte Preta em 1994 quando até fez um gol em dérbi. É o único jogador titular campeão em 1978 pelo Guarani que jogou na Ponte Preta.
LÚCIO:- Considerado o melhor ponta direita da história da Ponte Preta, Lúcio fez igual sucesso no Guarani na fantástica campanha no Campeonato Brasileiro de 1982, tendo vindo do Palmeiras. Depois ainda jogou no Flamengo, mas sem a mesma desenvoltura. Hoje mora em Cuiabá-MT e é funcionário público.
LOLA:- Contratado junto ao Atlético Mineiro onde já fazia sucesso, Lola chegou ao Guarani com a atração de impacto para a primeira participação bugrino Campeonato Brasileiro, em 1973. Fez muito sucesso no time bugrino e acabou negociado com o futebol mexicano. Na volta ao Brasil, jogou na Ponte Preta em um time de muitos bons jogadores e Lola nunca foi titular absoluta. Hoje mora em Ribeirão Preto e ensina garotos em escolinhas de futebol, além de prestar serviços ao Atlético Mineiro como observador técnico.
TREINADOR: ZÉ DUARTE:- Alternando ótimos trabalhos no Guarani e na Ponte Preta, Zé Duarte é idolatrado pelas duas torcidas. Em 1977, era o comandante pontepretano no vice-campeão paulista e em 1982 estava dirigindo o time bugrino que ficou em terceiro lugar no Campeonato Brasileiro quando foi eliminado nas semi-finais pelo apito do gaúcho Carlos Sérgio Rosa Martins em partida histórica e vencida pelo Flamengo-RJ por 3 a 2. Faleceu em Campinas em 2004.
WALDIR PEREZ:- Revelado pelo Garça, Waldir Perez chegou à Ponte Preta para ser reserva de Wilson Quiqueto, que acabou indo para o Santos. Waldir Perez fez muito sucesso e acabou negociado com o São Paulo, tendo disputado três Copas do Mundo: 1974, 1978 e 1982, essa última como titular. Em 1985, chegou ao Guarani após passar um período no América Carioca e Santa Cruz-PE. Foi terceiro colocado no Campeonato Paulista de 1985 e voltou ao cenário dos grandes clubes, tendo sido negociado com o Corinthians. Faleceu em 2017 quando residia em São Paulo.
TONINHO CAMARÃO:- Misto de volante e lateral, Toninho foi revelado pelo Inter-RS e chegou ao Guarani vindo do Cruzeiro-RS. Sem ter uma boa interação com a torcida bugrina, Toninho foi direto para a Ponte Preta e teve grande utilidade. Depois foi negociado com o Joinville-SC. Hoje mora em Santa Catarina e é preparador físico de respeito já tendo trabalho nos principais clubes do Brasil.
ÂNGELO:- Vindo pelo Atlético Mineiro para o Guarani em 1981, foi para o Fluminense-RJ trocado por Zezé e depois esteve na Ponte Preta participando de boas formações pontepretanas em 1983. Faleceu em Belo Horizonte-MG, em 2007, quando exercia a profissão de advogado.
GERSINHO:- Promessa do Guarani e meia de rara habilidade, Gersinho foi campeão brasileiro em 1978 com apenas 17 anos, sendo bastante aproveitado por Carlos Alberto Silva. Após ser boicotado pela diretoria bugrina, Gersinho jogou no Paulista e União Barbarense e chegou a Ponte Preta em 1985. Foi tão bem que acabou negociado com o Vasco-RJ e depois foi jogar na Europa. Morando em Campinas, hoje é observador técnico do Atlético Paranaense.
AFRÂNIO:- Jogador versátil, de ótimo aproveitamento tático jogando na ponta ou na meia, Afrânio chegou ao Guarani vindo do Botafogo de Ribeirão Preto. Depois de passar por times do Nordeste, esteve na Ponte Preta onde também teve bom desempenho em um época de muitos craques no time pontepretano. Quando encerrou a carreira de jogador, Afrânio Riul passou a ser um badalado treinador no interior paulista, chegando a dirigir o Corinthians em 1994. Morreu em Ribeirão Preto, onde morava, em julho de 1996 vítima de um acidente de veículos.
