Futebol é alegria do povo?

Futebol é alegria do povo! Esta máxima não vale, atualmente, para os torcedores de Ponte Preta e Guarani. Não bastassem os problemas do cotidiano com tantos “sapos” que temos que engolir pelo caminho, os torcedores de Campinas ainda passam pelo dissabor de acompanhar ou ficar sabendo dos resultados dos times campineiros. Empate em casa e derrota fora. Receita ideal para ser rebaixado.

TumuloPonteGuaraniCampinas, SP, 30 (AFI) – Futebol é alegria do povo! Esta máxima não vale, atualmente, para os torcedores de Ponte Preta e Guarani. Não bastassem os problemas do cotidiano com tantos “sapos” que temos que engolir pelo caminho, os torcedores de Campinas ainda passam pelo dissabor de acompanhar ou ficar sabendo dos resultados dos times campineiros. Empate em casa e derrota fora. Receita ideal para ser rebaixado.

Foi assim no ano passado com Ponte e Guarani. O desespero é total. A Ponte demitiu o técnico Wanderley Paiva não só pelos resultados atuais, mas principalmente pelo pouco futebol que equipe estava apresentando. Acrescenta-se a isso o fato do time ter sido comandado por ele na derrotada campanha do ano passado. A corda sempre estoura no treinador. Nós, no entanto, que estamos no futebol há muito tempo, sabemos que ele não é culpado sozinho. Mas os que deveriam dividir com ele o ônus do insucesso não assumem e por força do poder que o cargo lhes empresta continuam na Ponte.

Está chegando Nelsinho Baptista. Um vencedor. Já passou pela Ponte e até em uma ocasião foi rebaixado com o time e em outra deixou a Ponte às vésperas de uma decisão importante. Mas, Nelsinho, é um dos técnicos conceituados do futebol brasileiro. Com certeza vai arrumar muita coisa na equipe. Vai exigir mais investimento também. Não cederá às pressões de dirigentes e terá autonomia sobre o futebol. O time deve render mais com ele, porque ele pedirá algumas contratações e será atendido. O Trabalho dele será sentido e notado a ponto de despertar o interesse dos grandes clubes do Brasil, como normalmente acontece com treinador renomado, que treina equipes que não fazem parte do primeiro escalão do futebol do Brasil. E o Nelsinho não é de jogar dinheiro fora!

Situação ruim na Ponte, pior no Guarani. Como podemos exigir de jogadores, treinadores e funcionários um desempenho satisfatório, se eles não estão recebendo os salários em dia. É complicado. Embora a equipe tenha saído momentaneamente da zona de rebaixamento, se nada mudar no clube o time vai amargar mais um rebaixamento. Que coisa! Mais um, ninguém merece! E nem agüenta! O que fazer? Não existe fórmula mágica. Jogadores fracos, técnico inexperiente, presidente arrependido de ter concorrido às eleições (minha conclusão), dirigentes que pouco conhecem sobre esta divisão e torcida desesperada formam o quadro atual do Guarani.

Sabemos que a administração Lorencetti deteriorou o clube, mas será que nunca mais ele será viável. Entendo que hoje a porta da presidência do clube deveria ficar sempre aberta às novas idéias, aos torcedores que sempre sugerem medidas interessantes, aos antigos dirigentes que podem contribuir, enfim, a qualquer pessoa que tenha interesse em colaborar. Infelizmente não é assim que o processo está sendo conduzido. Há muitas reclamações com respeito à forma refratária de comando no clube. Um clube que brilhou tanto no cenário esportivo nacional, hoje vive em grave estado de penúria.

Será que o Corinthians, São Paulo e Palmeiras, três das maiores forças do futebol Paulista, que já disputaram finais com o Guarani, não ajudariam o bugre, emprestando alguns jogadores a custo zero? Será que os dirigentes bugrinos pediram? Para finalizar e dar uma dimensão da tristeza do torcedor do Guarani vou transcrever aqui a frase que Tito Bozza, fanático bugrino me disse outro dia.

“Vendo o time do Guarani de hoje sinto saudades do Guarani do ano passado”

Em tempo: O Guarani do ano passado foi rebaixado!

Um abraço e boa sorte!