Futebol da Ponte Preta provoca desconfiança em seu torcedor
Falta qualificação no elenco e organização tática para os devidos encaixes.
Cada dia esse time da Ponte Preta provoca mais desconfiança em seu torcedor, pois não se vê evolução técnica, a despeito dos desdobramentos dos atletas em campo
Cabe esclarecer que dia 18 de agosto passado, a CBF programou os jogos Oeste x Ponte Preta e Guarani e Paraná quase que simultaneamente pela Série B do Campeonato Brasileiro. O da Ponte com início às 20h30; Guarani uma hora depois.
Na ocasião, foi esclarecido sobre o rodízio de prioridade e que o foco seria o jogo do Guarani, com apenas algumas pinceladas sobre o primeiro tempo da Ponte Preta, naquele dia.
Agora, o compromisso de tratamento igualitário aos clubes de Campinas indicou que a prioridade seria acompanhamento do jogo em que a Ponte Preta empatou com o Brasil de Pelotas por 1 a 1, na noite desta sexta-feira, no interior gaúcho.
Isso não invalida o espaço escancarado para o torcedor bugrino comentar a derrota para o Coritiba por 2 a 0, em Campinas, em jogo realizado simultaneamente.
POBRE PONTE PRETA
Cada dia esse time da Ponte Preta provoca mais desconfiança em seu torcedor, pois não se vê evolução técnica, a despeito dos desdobramentos dos atletas em campo.
Se transpiração de equipes é relevante numa competição, claro que nada vai adiantar se falta qualificação no elenco e organização tática para os devidos encaixes.
O atual estágio da Ponte Preta sugere imaginar que cada jogador raciocina sobre a sequência da jogada apenas quando recebe a bola.
RODRIGÃO
Se o atacante Rodrigão está pesado e sua utilidade na equipe se restringe a que preparem jogada para ele dentro da área, cadê a preparação?
Para ser explorado no cabeceio – uma de suas virtudes – convenhamos que é inadmissível apenas uma bola cruzada a partir do prolongamento da grande área, em que a testada dele visou o canto baixo, mas ao tocar no gramado a bola subiu e encobriu o travessão.
Assim, coube a Rodrigão apenas esperar falha do zagueiro Ícaro, que não o acompanhou, aos 33 minutos, quando ele arriscou chute cruzado, fraco, mas houve acompanhamento do volante Dawhan para empatar.
Afora isso, o que mais deve ser ressaltado de ofensividade no time pontepretano?
No primeiro tempo absolutamente nada.
MOISÉS
A entrada do atacante Moisés, após o intervalo, garantiu volume de jogo da Ponte Preta pelo lado esquerdo, visto que colocou em prática o seu estilo driblador.
Assim, aos 18 minutos, após driblar dois adversários já dentro da área e no fundo de campo, serviu o meia Camilo, travado no momento do chute.
Convenhamos que é muito pouco a dependência ofensiva da Ponte Preta resumida a Moisés.
Experiências com os atacantes Josiel e Richard não têm sido frutíferas, não há evolução dos laterais, e assim quase não se vê capacidade de criação na Ponte Preta.
BRASIL: VOLUNTARIOSO
Tal como a Ponte Preta, o Brasil de Pelotas nada mais é de que um time voluntarioso, que ‘briga’ pela posse de bola, mas sem capacidade de criação.
E mesmo assim, principalmente durante o primeiro tempo, ainda provocou alguns embaraços à Ponte Preta em jogadas pela beirada de campo, contudo sem conclusão.
Assim, o seu gol de abertura do placar teria que ser fruto de falha da defensiva pontepretana.
Na cobrança de escanteio no primeiro pau, aos 30 minutos do segundo tempo, Rômulo escorou para o interior da área, encontrando o atacante Fabrício que concluiu, em lance marcado por desatenção do zagueiro Ednei.
Como não se projeta qualificação do elenco pontepretano com contratações de jogadores que resolvam o problema, o mínimo que se espera é que o treinador Gilson Kleina consiga traçar planificação tática eficiente baseada em futebol de resultado.
Só assim pra se esperar reação da equipe que continua na lanterna da competição, com três pontos em sete jogos.