Figueirense atrasa pagamento da recuperação judicial e busca liminar para evitar sanções

O valor da parcela, de R$ 12,5 milhões, não foi pago devido ao não aporte da Clave, fundo de investimentos que financia o clube.

Torcedores Figueirense no classico
O Figueirense entrou com um pedido de liminar para adiar o pagamento por mais 30 dias. (Foto: Patrick Floriani, Figueirense)

Florianópolis, SC, 02, (AFI) – O Figueirense não quitou a primeira parcela da recuperação judicial, cujo vencimento era no dia 31 de março. O valor da parcela, de R$ 12,5 milhões, não foi pago devido ao não aporte da Clave, fundo de investimentos que financia o clube.

CADÊ O APORTE?

A Clave tem cumprido compromissos diários com o Figueirense, mas o aporte maior não foi realizado porque o clube ainda não obteve autorização para a transferência de propriedade do terreno do ginásio da Associação para a SAF. Essa transferência era uma das garantias exigidas no contrato para a liberação do valor.

Sem a formalização da posse do terreno, o Figueirense ficou sem os recursos para pagar a parcela da recuperação judicial, deixando o clube exposto a possíveis pedidos de falência por parte dos credores.

TENTATIVA DE SUSPENSÃO

Segundo o comentarista Rodrigo Faraco, da NSC TV, alguns escritórios de advocacia que representam credores já se mobilizam para contestar o não pagamento.

Diante da situação, o Figueirense entrou com um pedido de liminar para adiar o pagamento por mais 30 dias, tempo necessário para receber esclarecimentos da Justiça. O clube questiona a exclusão de opções de pagamento previamente aprovadas nas assembleias durante a homologação da recuperação judicial e busca uma resposta do juiz sobre essa decisão.

O departamento jurídico do clube ainda aguarda a resposta da Justiça sobre a liminar.

PERTO DA FALÊNCIA?

Sim, mas o processo não seria imediato. A falência só pode ser decretada pelo juiz caso o Figueirense não cumpra e nem demonstre condições de quitar suas dívidas. Como o clube ainda tenta negociar uma suspensão do prazo e resolver as pendências jurídicas, o desfecho ainda depende da decisão do tribunal.

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