Fifa e FifPro fazem contatos com governos para tirar jogadores do Afeganistão
Após morte de jovem jogador, FIFA vem fazendo contatos para ajudar jogadores que estão no país
Campinas, SP, 22 (AFI) – A Federação Internacional das Associações de Jogadores Profissionais (FifPro) entrou em contato com governos de diversos países para tentar retirar os jogadores e jogadoras de futebol do Afeganistão após a tomada do poder no país pelo Taleban. A Fifa tem ajudado neste esforço, segundo informações do canal de TV britânico BBC.
A entidade alega que os atletas foram defensores dos direitos humanos no Afeganistão após a derrubada do regime do Taleban em 2001 por uma invasão militar liderada pelos Estados Unidos. A situação das jogadoras causa ainda mais preocupação, já que os uniformes usados para a prática do futebol não estariam de acordo com a visão que o grupo tem do Islamismo.
“Como ativistas, estamos muito preocupados com os atletas que, por muitos anos, foram defensores francos da melhoria dos direitos humanos no país. Nos últimos dias, a FifPro esteve em contato com os governos para estabelecer um plano de evacuação para atletas em risco. O ponto central desse esforço de resgate é o objetivo de levar o maior número possível de pessoas à segurança”, afirmou a entidade em publicação.
“Estamos trabalhando com o FIFpro”, explicou Fatma Samoura, secretária-geral da Fifa. Segundo a dirigente, uma evacuação parecida já foi feita no passado e poderia ser feita novamente, embora ainda falte avaliar o número de jogadores e jogadoras que desejam deixar o país.
NÃO SE SALVOU
Uma tragédia envolvendo um jogador de futebol já aconteceu: Zaki Anwari, atleta de 19 anos que jogava pela seleção de base do Afeganistão, morreu após tentar se agarrar num avião dos Estados Unidos. O jogador acabou não conseguindo se segurar e morreu ao cair no solo.
A capitã da seleção feminina do Afeganistão, Shabnam Mobarez, pediu ajuda da Fifa nas redes sociais para que as jogadoras do País possam sair. “Precisamos agir para salvar minhas colegas de time. Elas são minhas irmãs”, escreveu Mobarez, que vive nos Estados Unidos.
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