Campinas, SP, 14 (AFI) – Com o passar do anos, o futebol feminino vem conquistando mais visibilidade. Claramente, as dificuldades ainda são muitas, mas já existe uma geração da modalidade que não viveu tamanho desafio que atletas mais experientes viveram. A meia-atacante Bárbara, destaque do AD Taubaté na última temporada, é uma dessas atletas com o currículo recheado de conquistas, mas também de obstáculos.

A atleta de 32 anos começou em Brasília e teve grande parte de sua carreira desenvolvida lá. A capital do país é um dos grandes berços do futebol feminino. Ascoop, Cresspom, Minas e Real Brasília foram um dos principais clubes que receberam Bárbara.

“Ali me desenvolvi como atleta e pessoa. O futebol feminino, apesar de ainda ter muito mais para crescer, nem era falado naquela época. Para saber sobre nossos jogos, nosso time, teria que buscar a fundo. A informação era totalmente escassa e quase não havia visibilidade. Isso nos fortaleceu muito. O time tinha que estar muito unido para não desanimar. Valeu muito a pena. Amadureci muito durante essa época.”- declarou.

EXPERIÊNCIA NO EXTERIOR

Em seguida, Bárbara teve experiência fora do Brasil, quando foi jogar pelo Condeixa, em Portugal, em 2020.

“Penso que toda atleta profissional precisa ter uma experiência no exterior. Isso amadurece muito, te faz crescer profissionalmente, porque você precisa aprender a jogar totalmente diferente da maneira que se joga no Brasil. Te dá uma bagagem muito boa” – comentou.

DE VOLTA AO BRASIL

Logo que voltou para o Brasil, a meia jogou pelo São José por uma temporada e, em seguida, foi transferida para o AD Taubaté, onde conquistou o acesso para a A2 e foi campeã do Brasileiro Série A3.

“Passa um filme na cabeça. É muito gratificante fazer parte da história do AD Taubaté. Conquistamos nossa participação nesta nova competição que é o A3, vencemos e ainda conquistamos o acesso para a A2. Tudo na mesma temporada. É muito trabalho e e estudo envolvidos. Sempre tentei passar um pouco da minha experiência para as mais novas e vejo que isso as ajudou a ganhar mais confiança, que é essencial para ser um atleta de alta rendimento”.

Bárbara deixou o AD Taubaté sendo uma das grandes líderes e ajudou o clube paulista a seguir contando sua história.

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