Fabinho até espera ser xingado em Campinas; veja o drama do XV até conquistar a vaga

Time piracicabano será o adversário do Guarani na semifinal da A2

Fabinho até espera ser xingado em Campinas; veja o drama do XV até conquistar a vaga

0002050303335 img

“A última vez que joguei pelo XV em Campinas fui xingado. Agora, tudo que eu quero é que me xinguem quando eu voltar a jogar lá”.

Sem fazer alusão ao Guarani, está implícito que o recado do atacante Fabinho – ex-bugrino – foi para torcedores de seu ex-clube, visto que são adversários na etapa semifinal do Campeonato Paulista da Série A2.

A entrevista de Fabinho foi à Rádio Educadora de Piracicaba, quando, emocionado, realçou a instituição XV de Piracicaba. “Foi o clube que me acolheu em 2016 no momento que eu mais precisava. Por isso, mesmo aos 39 anos de idade, estou me doando nos jogos da equipe”.

Empate garantiu XV nas semifinais contra o Guarani

Empate garantiu XV nas semifinais contra o Guarani

OPÇÃO PELO 4º CLASSIFICADO

Mesmo que a televisão trouxesse opções para assistir ao jogo em que o Guarani venceu o Votuporanguense por 2 a 1, em Campinas, minha opção seria – como foi – foco total no suposto adversário dos bugrino na fase semifinal do Campeonato Paulista, cuja primeira fase se encerrou na tarde deste sábado.

Já que o site da Federação Paulista de Futebol disponibiliza alguns jogos para transmissão, e cravando que o Oeste pudesse encerrar participação na quarta colocação, fiz opção para assistir ao primeiro tempo do jogo dele contra o Juventus, na Rua Javari.

Cruz credo. Que jogo horroroso!

Difícil acreditar que naquele mundaréu de campos de várzea na capital paulista o Juventus fosse incapaz de descobrir na periferia uma molecada razoável para colocar no lugar de vários cabeças-de-bagre de seu time.

Logo, com um Juventus em cacos no gramado, o mínimo que se esperava era que o Oeste jogasse um tostãozinho de bola, que não jogou.

Como o primeiro tempo terminou com vantagem do Oeste por 1 a 0, a suposição era que o XV de Piracicaba pudesse ficar com a quarta colocação, na hipótese de o Sertãozinho não vencer a Portuguesa, no interior, e lá fui eu para o vídeo do jogo em São Bernardo do Campo, cujo primeiro tempo apontava empate sem gols.

DANÇA DOS RESULTADOS

Se mantivesse o resultado, o São Bernardo não teria o mínimo risco. Logo, teve preocupação mais defensiva de não sofrer gol, enquanto o XV ainda era obstinado ofensivamente, principalmente quando foi anunciado que o Nacional havia aberto o placar contra o Rio Claro.

Naquela altura, se o XV sofresse um gol a viola estaria em cacos, e a vantagem seria do Nacional.

De repente a informação do empate do Juventus com o Oeste foi animadora para os quinzistas, e isso reforçou a hipótese de se resguardar e administrar o resultado conforme a combinação da rodada.

O serviço de som do Estádio Primeiro de Maio passou a ser inimigo do XV com informações frustrantes: gol do Oeste, que o retomava ao quadrangular da A2, e gol do Sertãozinho diante da Lusa.

Como acompanhava o áudio da Rádio Educadora de Piracicaba, eis a constatação de uma chiadeira de radialistas indisfarçáveis torcedores.

O alívio deles e da coletividade quinzista foi o anúncio do gol de empate da Portuguesa, que recolocava o XV em quarto lugar.

TEMPO GASTO EM TRÊS MINUTOS

Gente, foi uma loucura a opção da boleirada do XV de ficar três minutos tocando a bola em seu campo defensivo, para que o tempo se esgotasse e administrasse o empate sem gols.

Como o São Bernardo já não queria nada com nada, sequer esboçou combatividade.

A boleirada do XV desconsiderou o risco de o Sertãozinho marcar o gol da vitória, visto que a partida dele se arrastou por mais quatro minutos após o encerramento do jogo em São Bernardo do Campo.

Foi hilariante a boleirada quinzista procurar fones de ouvido da mídia piracicabana para acompanhar os minutos finais do jogo em Sertãozinho.

Como a Lusa sustentou o empate, o treinador quinzista, Evaristo Pisa, bradou ‘rumo ao acesso’, antes de puxar a reza com os jogadores.

Nos vestiários foi mais comedido nas palavras, ressaltando que o Guarani merece muito respeito pela qualidade de seus jogadores do ‘meio pra frente’.

E ciente que as suas palavras chegariam rapidamente a Campinas, adotou o discurso do politicamente correto: “Que vença o melhor”.