'Expulsos' do Mogi Mirim voltam aos alojamentos com liminar
As diferenças contratuais entre o clube e o gestor acabaram virando caso de polícia depois de cenas truculentas e chocantes durante a madrugada
O retorno aconteceu após uma liminar conseguida na Justiça Civil pela empresa que faz a gestão do futebol. Desocupação foi truculenta
Mogi Mirim, SP, 12 (AFI) – A ordem está restabelecida no desorganizado Mogi Mirim. No começo da noite, jogadores e funcionários, expulsos por seguranças violentos durante a madrugada, voltaram para os alojamentos, desta vez, respaldados por policiais tanto da Polícia Militar como da Guarda Municipal. O retorno aconteceu após uma liminar conseguida na Justiça Civil pela empresa que faz a gestão do futebol. As diferenças contratuais acabaram virando caso de polícia.
Perto de 30 pessoas, a maioria jogadores, foram acordadas perto das cinco horas da manhã assustados com gritos e barulho de portas arrombadas nos alojamento que ficam no próprio estádio Vail Chaves. São 15 jogadores da categoria Sub-23 e mais quatro norte-americanos, entre eles, vários menores de idade. No momento eles se preparam para disputar jogos amistosos e de exibição nos Estados Unidos.
A ‘invasão’ do estádio foi ordenada pelo presidente Luiz Henrique de Oliveira, alegando que a empresa gestora desde 2021, WKM Sports, não teria cumprido as suas obrigações contratuais. O caso estaria sendo analisado pela Justiça, o que impediria qualquer ação do clube, principalmente, utilizando métodos violentos e agressivos.
MEDIDA LIMINAR
Numa ação rápida, a WKM Sports conseguiu uma liminar na 4.ª Vara Civil de Mogi Mirim a manutenção do contrato, bem como o retorno dos ‘expulsos’ para o estádio. O descumprimento vai acarretar ao clube uma multa de R$ 5 mil. Agora os ‘expulsos’ estão protegidos pela própria Polícia Militar.
O caso ganhou repercussão e a Secretaria de Segurança Pública (SSP) de São Paulo passou a acompanhar as investigações de perto. Além de uma vistoria no local, a polícia confirmou que três seguranças que participaram do ato estão sendo investigados. Um com 32, outro 34 e um terceiro com 50 anos de idade.
SAUDADE DO SAPÃO
Desde 2017, o Mogi Mirim é um clube praticamente inativo, sem dinheiro, sem time e sem representatividade. Antes esteve sob controle do ex-jogador Rivaldo, que chegou a manter o time no Campeonato Paulista e até à Série C do Campeonato Brasileiro. O tetracampeão, porém, saiu do clube criticado por ter utilizado bens do clube, entre outras críticas.
Na verdade, o patrimônio do Mogi Mirim Esporte Clube, principalmente a modernização do estádio Vail Chaves foi formado sob o comando de Wilson de Barros, um dos maiores dirigentes do Interior. Barros comandou o clube por três décadas, alcançando no início dos anos 90 até projeção nacional.
A morte precoce de Wilson Fernandes de Barros, aos 63 anos, empresário bem sucedido e amante do futebol, ocorrida em 2008, passou a ser o início do fim do sucesso do clube. A cidade nunca soube assumir todo o legado de Barros e acabou ficando ‘órfão’ de seu time que tanto deu orgulho aos seus torcedores.
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