Expulsões do Cruzeiro facilitam vitória do Guarani
Vitória deve ser analisada sob dois prismas. Proposta de jogo convincente dos bugrinos, com forte bloqueio, e usar contra-ataques com rapidez.
Campinas, SP, 19 (AFI) – A vitória do Guarani sobre o Cruzeiro por 1 a 0, na noite desta terça-feira no Estádio do Mineirão, deve ser classificada sob dois prismas: inicialmente proposta de jogo convincente dos bugrinos de esperar o adversário em seu campo de defesa, com forte bloqueio, e usar contra-ataques com rapidez.
Isso prevaleceu até os 33 minutos do primeiro tempo, quando o árbitro carioca Wagner do Nascimento Magalhães colocou o seu trabalho a perder com a precipitadíssima decisão de expulsar o meia-atacante cruzeirense Daniel Júnior, em disputa de bola com o lateral-direito bugrino Lucas Ramon.
Na ocasião, o atleta do time campineiro caiu no gramado, colocou a mão na bola, houve prosseguimento da jogada quando, aí, Daniel Júnior cometeu a falta, que foi marcada.
Restou a dúvida se o atleta do clube mineiro teria se exaltado na marcação, e em decorrência disso a arbitragem optado pelo cartão vermelho.
À distância, o prudente seria apenas a advertência com cartão amarelo, mas a decisão extrema revoltou jogadores do Cruzeiro, principalmente o volante Felipe Machado que, pela reclamação no lance, recebeu cartão amarelo.
Pois três minutos depois, o transtornado Machado cometeu falta dura sobre o meia bugrino Giovanni Augusto, nas proximidades de sua área, e aí recebeu o segundo amarelo, que refletiu no vermelho.
OUTRO PANORAMA
A partir daí, com dois homens a menos para o Cruzeiro, a partida ganhou contorno totalmente diferente.
Se até então o plano tático do Guarani foi ficar retraído, sem oferecer espaços para penetração do Cruzeiro, que tocava a bola com lentidão, era natural que a partir dali poderia tocar a bola com mais liberdade e ditar a tônica do jogo, visto que a obrigação de se resguardar passou a ser do Cruzeiro.
JAJÁ
Todavia, naquele primeiro tempo, enquanto o Guarani chegou ao ataque com rapidez, as finalizações foram arriscadas basicamente de fora da área, sem que refletissem em perigo à meta do goleiro Rafael Cabral.
Já no Cruzeiro, através do atacante Jajá, em contra-ataques, foram registradas as chances mais claras para inaugurar o placar, porém desperdiçadas.
Na primeira, aos 29 minutos, já dentro da área, em chute fraco, praticamente recuou a bola ao goleiro Kozlinski.
Aos 49 minutos, na mesma circunstância, pela meia esquerda, o chute rasteiro saiu à direita da meta bugrina.
GOL DE ISAAC
O Guarani teve sabedoria, no segundo tempo, de tocar a bola de pé em pé, e com isso provocar desgaste no time cruzeirense.
E ao ser lançado pela meia direita, o meia-atacante Isaac teve a tranquilidade de aplicar a chamada cavadinha na bola, na saída do goleiro Rafael Cabral, e marcar o gol bugrino aos dez minutos.
Depois disso, o Guarani manteve o seu plano de jogo, enquanto o Cruzeiro não teve forças para reagir, apesar da ousadia de seu treinador Paulo Pezzolano em terminar a partida com quatro atacantes.