EXCLUSIVO! João Valim sobre saída do Comercial: "Qualquer técnico seria fritado"
João Valim: "Existia uma divergência entre o presidente, que morava em Campinas e o restante da diretoria que era de Ribeirão Preto. Quando o Renato Peixe (técnico) saiu, o Campanelli queria a minha contratação e os outros dirigentes foram contra"
Treinador disse que decidiu pedir demissão quando seu auxiliar falou que não iria continuar seu trabalho no Comercial
Ribeirão Preto, SP, 19 (AFI) – O ex-técnico do Comercial, João Valim, concedeu entrevista ao Futebol Interior, depois da veiculação da matéria com o presidente Antônio Campanelli, dizendo que os jogadores pediram a ‘cabeça’ do treinador, alegando que se isso não fosse feito, o clube iria ser rebaixado no Paulistão Série A3, como acabou acontecendo.
Paulistão Série A3: Presidente do Comercial revela que atletas pediram a ‘cabeça’ de técnico
“Existia uma divergência entre o presidente, que morava em Campinas e o restante da diretoria que era de Ribeirão Preto. Quando o Renato Peixe (técnico) saiu, o Campanelli queria a minha contratação e os outros dirigentes foram contra. Eles queriam que a comissão técnica permanente fosse efetivada. Por isso eu digo que não foi uma coisa pessoal comigo, qualquer treinador que tivesse sido contratado, seria fritado por eles”, declarou João Valim.
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O treinador disse que aos poucos foi percebendo que boa parte do elenco não o queria lá. “Algumas coisas estranhas começaram a me chamar à atenção, que prefiro não expor. Custei a acreditar que havia alguma coisa acontecendo. Até que um dia o meu auxiliar disse que não iria ficar mais e resolvemos pedir demissão, pois estava insustentável trabalhar. Fui até o Campanelli, pedi minha saída e ele disse: ‘Desculpa ter te trazido para este inferno’. A minha relação com foi muito boa desde o início”, explicou.
João Valim se lembrou do episódio relatado pelo presidente do Comercial, quando recebeu o telefone do vice-presidente Ademir Chiari, dizendo que os jogadores queriam a saída do técnico. A delegação estava jantando em uma churrascaria. “Eu percebi algo estranho, uma roda de jogadores e dirigentes ligando para alguém, mas não sabia pra quem, agora eu sei. Apesar de tudo, posso dizer que não saí do Comercial brigado com ninguém, simplesmente não me queriam lá e seria assim com qualquer outro treinador”, finalizou.
Depois da saída de João Valim, o auxiliar da comissão técnica permanente do Comercial, Gustavo Marciano, assumiu o comando até a última rodada.
