EXCLUSIVO! Herói do título do Monte Azul se emociona: "Quando lembro, dá vontade de chorar"
Pedrinho, 21 anos, iniciou a jogada do gol da vitória, e na última cobrança das penalidades máximas, foi dos pés dele que a bola se encontrou com as redes
O dia 12 de outubro de 2024 ficará eternizado na história do Atlético Monte Azul, campeão da Copa Paulista
Por Filipe Saochuk
Monte Azul Paulista, SP, 14 (AFI) – O dia 12 de outubro de 2024 ficará eternizado na história do Atlético Monte Azul. Em Mirassol, o Azulão venceu a Votuporanguense por 1 a 0 no tempo normal, e nos pênaltis, garantiu a primeira conquista da Copa Paulista em seus mais de 100 anos de existência. Porém, nada disso seria possível sem um personagem de pouca idade, e muita personalidade: o camisa 10, Pedrinho.
O meia de apenas 21 anos iniciou a jogada do gol da vitória no primeiro tempo, e na última cobrança das penalidades máximas, foi dos pés dele que a bola se encontrou com as redes, fazendo a torcida do Monte Azul explodir de alegria.
De forma exclusiva, a reportagem do Futebol Interior conversou com Pedrinho, que falou sobre bastidores da decisão, a emoção de ser campeão, e ainda, deu uma palhinha sobre onde quer jogar em 2025. Confira o bate-papo com o herói do título do Azulão na íntegra!
UMA TARDE INESQUECÍVEL PARA PEDRINHO
Dois dias depois do momento mais marcante de sua carreira, o meio-campista do Monte Azul ainda ‘não assimilou totalmente’ o que aconteceu no gramado do estádio José Maria de Campos Maia, em Mirassol. Pedrinho não escondeu a emoção com o título, e afirmou que todos que fazem o clube acontecer, mereciam este momento.
“A sensação é inexplicável, a ficha ainda não caiu. Às vezes eu fico pensando, e quando lembro já dá aquela vontade de chorar. Mas é uma satisfação enorme poder dar esse título para o clube, para minha família, para a torcida, para toda a diretoria, porque todos ali mereciam isso. Só tenho que dar Glória a Deus por tudo que aconteceu”, afirmou.
No primeiro tempo, o camisa 10 arriscou de longe, e no rebote do goleiro João Paulo, Vitinho apareceu para abrir o placar. Depois da derrota por 1 a 0 em Votuporanga, o campeão seria definido nos pênaltis. E quis o destino que a chance de matar a disputa caísse justamente nos pés de Pedrinho, que não desperdiçou, e gravou seu nome na história do Azulão.
“Começou com uma bola rebatida que eu consegui proteger bem. Driblei dois adversários e consegui finalizar. O Vitinho, iluminado, estava na hora certa, no lugar certo, e fez o gol para a gente. Para mim, é muito bom saber que tive um papel importante. E tudo isso é fruto do trabalho, fruto de tudo o que a diretoria e a comissão construíram”, contou.
As cobranças de pênaltis no futebol são eventos únicos, capazes de construir heróis e vilões em segundos. Naquele momento de grande tensão e emoção dos dois lados, Pedrinho contou detalhes da conversa que teve com os companheiros no meio de campo antes de cobrar, e a emoção que sentiu quando a bola cruzou a linha.
“Quando o camisa 11 deles errou o primeiro pênalti, o moleques olharam para mim e falaram: ‘Você vai decidir, A gente já sabia de tudo!’. Eu só pensava: ‘Não é possível que esse vai ser o cenário. Não é possível que Deus preparou tudo isso para mim’. A gente trabalhou muito. Quando a bola bateu no fundo da rede, todo mundo comemorou: a torcida gritando, minha família chorando. É muito gratificante”, revelou o jogador.
Pedrinho teve um papel decisivo no título do Monte Azul, e é mais uma peça do jovem elenco que compõe o jovem time que defendeu o Azulão na Copa Paulista. O jogador falou sobre essa característica da equipe, a afirmou que sem sombra de dúvidas, este é o melhor momento de sua carreira.
“Assim como muitos no time, eu sou jovem. Nosso time é novo, mas tivemos jogadores experientes que fizeram total diferença. Este é com certeza o melhor momento da minha carreira, ainda mais em um clube que me acolheu muito bem e me deixou à vontade desde o começo”, afirmou.
O ano de 2024 para o Monte Azul começou com um rebaixamento para a Série A3 do Paulistão, na primeira do temporada do clube sob o comando da SAF que conta com nomes como Neymar Pai e Émerson Sheik na gestão. Pedrinho chegou apenas para a disputa da Copa, mas revelou o que mudou dentro do clube para que a ‘virada de chave’ fosse possível.
“Uma coisa que fez total diferença no nosso campeonato foi a união, a amizade que formamos nos vestiários. Nos momentos difíceis, nós nos fechamos, nos blindamos e sempre almejamos ser campeões. Depois de um momento tão triste, alguns atletas ainda estavam ali, e nós sentimos a dor deles, pegamos isso e lutamos por eles, assim como eles lutaram pela gente. Isso fez total diferença”, analisou.
Vivendo um momento mágico, Pedrinho não hesitou e afirmou que seu desejo é de permanecer e dar continuidade nesta história com o Monte Azul. Porém, sabe que as negociações dependem de múltiplos fatores, e que será tomada a melhor decisão possível para todos os envolvidos.
“É um clube que me acolheu muito bem desde o primeiro dia. Tanto a diretoria quanto a comissão, e mais ainda os torcedores. Me senti muito bem e muito abraçado por todos. Seria muito importante dar continuidade agora, nesse cenário que a gente conquistou com o clube, que é a Série D. Mas vou sentar com os envolvidos, com meu empresário, e decidir o que vai ser melhor para mim, para o clube e para a minha carreira”, completou Pedrinho.
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MONTE AZUL CAMPEÃO, E AGORA?
Com a conquista da Copa Paulista, o Monte Azul está garantido em uma competição nacional em 2025, e o clube já tomou a sua decisão: jogará a Série D do Brasileirão.
A Votuporanguense, vice-campeã, ficará com a opção remanescente e disputará a Copa do Brasil da próxima temporada.
