Ex-técnico da Ponte Preta vê reformulação e falta de tempo como motivos de sua saída
Gilson Kleina teve um aproveitamento de 37,2% em sua quarta passagem pelo Moisés Lucarelli
Gilson Kleina teve um aproveitamento de 37,2% em sua quarta passagem pelo Moisés Lucarelli
Campinas, SP, 05 (AFI) – Ex-técnico da Ponte Preta, Gilson Kleina concedeu entrevista à Rádio Bandeirante de Campinas nesta terça-feira comentando um pouco sobre sua última passagem na Macaca. Além de explicar sua saída, ele falou sobre o momento atual do mundo e sobre a estrutura física do clube campineiro.
Apresentado em agosto do ano passado, Gilson Kleina teve um aproveitamento de 37,2% em sua quarta passagem pelo Moisés Lucarelli. Em 26 jogos, foram sete vitórias, oito empates e 11 derrotas, encerrando seu vínculo em 18 de fevereiro.
PANDEMIA
Antes de falar da Ponte, porém, ele falou sobre o momento complicado por conta da pandemia do novo coronavírus e os impactos disso para muitos profissionais do futebol.
“É um momento novo e complicado. Agradeço que eu tenho a possibilidade de poder esperar. O futebol passa a ser algo secundário, pois precisamos nos preocupar com vidas. Sei que tem profissionais que estão passando por dificuldades. Muitas vezes, treinador e jogadores têm quatro meses de trabalho no ano. Torço para que tudo passe o mais rápido possível para o futebol voltar ao normal”, disse.
MOTIVOS PARA SAÍDA DA PONTE PRETA
Ao comentar sobre a passagem na Ponte Preta, Kleina analisou que a grande reformulação feita de 2019 para 2020 junto com o pouco tempo para que esse novo elenco se adaptasse foram os fatores que culminaram em sua saída.
“Como foi feito uma reformulação muito grande no início deste ano, ficando apenas quatro atletas de 2019, precisaria de tempo para o time encaixar. E isso vai acontecer. Todos os profissionais já devem estar auxiliando o Brigatti, que também deve ter sua visão para encaixar o time. Teve alguns jogos que poderíamos ter pontuado e ficarmos em uma posição melhor. Tenho certeza que a Ponte fará uma grande temporada”, cravou.
GILSON KLEINA NÃO SE ESQUIVOU
Gilson Kleina ainda não retirou sua responsabilidade sobre o resultado abaixo do esperado e analisou o fato de alguns jogadores não renderem no time de Campinas como em outras equipes.
“Eu não tiro minha responsabilidade, pois estava no processo de montagem da equipe e ajudei escolher. Acontece que quando se veste a camisa da Ponte Preta é diferente, precisa ter personalidade. Alguns atletas já passaram pela Ponte, como Kieza, por exemplo, que não conseguiram ir bem e depois encaixaram em outras equipes”, analisou.
ESTRUTURA FÍSICA DA PONTE PRETA
O ex-treinador da Macaca também falou sobre a estrutura física e pediu melhorias. Segundo ele, não é necessário ter o melhor CT ou os melhores equipamentos, mas que algumas coisas são necessárias maior investimento.
“Sempre falei que a Ponte Preta está estagnada na estrutura física. Não estou dizendo que precisa ter os melhores centro de treinamentos. Mas tem alguns departamentos que é preciso um investimento pelo calendário que temos no futebol brasileiro. A Ponte tem apenas um campo para treinamento e às vezes fica indisponível quando chove. É preciso ter uma estrutura melhor também para recuperação de atletas. E espero que o projeto da Arena seja colocado em prática, pois será incrível para Campinas”, projetou.