Ex-gestor do Mesquita-RJ é afastado por 4 anos por falsificação de testes de covid-19

Partes do processo serão enviados para o Ministério Público para que os acusados respondam criminalmente

Partes do processo serão enviados para o Ministério Público para que os acusados respondam criminalmente

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Mesquita, RJ, 21 (AFI) – A 7ª Comissão Disciplinar do Tribunal de Justiça Desportiva do Rio de Janeiro (TJD-RJ) realizou, na tarde desta quarta-feira, o julgamento sobre os exames falsos de covid-19 realizados pelo Mesquita, da Série B2 do Campeonato Carioca. Foram condenados o ex-gestor Antônio Carlos Dias de Souza, o ex-presidente Cleber Louzada, e o atual presidente Ângelo Benachio.

O ex-gestor, apontado como mentor do esquema, foi afastado do futebol por 1.440 dias (4 anos), além de ser multado em R$ 30 mil. Já os presidentes pegam 120 dias de suspensão, sem multas. O clube foi multado em R$ 5 mil.

Mas as punições podem não parar por aí. Isso porque o relator do processo, Álvaro Luiz Costa Fernandes, solicitou que o tribunal desportivo mande partes do processo para o Ministério Público para que os acusados respondam criminalmente.

Jogo do Mesquita (Foto: Agência Ferj)

Jogo do Mesquita (Foto: Agência Ferj)

O CASO

Recentemente, o TJD-RJ finalizou a investigação sobre exames falsos de covid-19 na Série B2 do Campeonato Carioca, que terminou em fevereiro.

Concluiu-se que o Mesquita falsificou nada menos do que 57 exames para covid-19.

Os lotes com exames falsos foram enviados em 29 de dezembro, antes da partida contra o Barra da Tijuca, e em 7 de janeiro, antes de enfrentar o Mageense. Antes da investigação começar, havia indícios de apenas dois exames falsificados.