Ex-dirigente do Atlético-MG fala sobre depressão no futebol
Júnior Chávare comenta sobre casos recentes e suas causas
Júnior Chávare, ex-executivo de Atlético-MG e Grêmio, comentou sobre a depressão nos jogadores de futebol
Campinas, SP, 28 (AFI) – No mês de setembro, houve muitos debates sobre a saúde mental de atletas em todas as modalidades esportivas, ginastas, surfistas, tenistas, esportes coletivos e agora ganhou grandes proporções sobre atletas de futebol, e muitos casos ganharam visibilidade recentemente no Brasil.
Setembro Amarelo trouxe um grande alerta para o estado mental e a depressão do atleta de futebol profissional, e, recentemente, jogadores como Zé Love, campeão da Libertadores com o Santos em 2011, e que joga no Brasiliense, assumiu recentemente nas redes sociais que vinha lutando contra a depressão. Em 2021, o meia Matheusinho, do América Mineiro, havia revelado que estava com quadro depressivo quando jogava em Israel.
CASOS RECENTES DE DEPRESSÃO
Os casos mais recentes foram do meia Tchê Tchê, que joga no Botafogo-RJ. Ele havia dito que, quando atuava no São Paulo, sofreu de depressão. Além dele, o zagueiro Rodrigo Caio, do Flamengo, também desabafou nas redes sociais sobre seu estado mental, devido há vários comentários por conta das suas constantes lesões.
Casos assim têm se tornado cada vez mais comuns. Para o executivo de futebol Júnior Chávare, ex-Grêmio, São Paulo e Atlético Mineiro, o atleta tem vivido muita pressão midiática e da torcida.
ASPAS
“Muitas vezes ficamos presos somente na questão do “hoje”, da pressão midiática e da torcida, mas o atletas tem inúmeros problemas que muitos não sabem, como pressão familiares e comportamentais que muitas vezes sequer chegam ao público” – disse executivo.
O executivo, que trabalha diretamente com atletas de futebol, sabe da importância dos psicólogos no cotidiano dos atletas, que praticamente têm o clube como sua segunda casa. Às vezes, jogadores que moram no clube não tem contato presencial com familiares e amigos.
“A cobrança em cima do atleta hoje é muito grande até porque a visibilidade, redes sociais acaba expondo muito o jogador e nós como dirigentes que vivemos o diariamente no clube temos que ter esse contato mais próximo com o atleta para que possamos compreender o que o mesmo está passando” – disse o executivo de futebol Júnior Chávare.
Com passagens por Rio Branco de Americana, Internacional de Limeira, Ponte Preta, Grêmio, Juventus da Itália, São Paulo, Atlético Mineiro, Bahia, chegou a ter seu nome em algumas oportunidades para assumir a Coordenação das Categorias de Base da Seleção Brasileira.