Evolução sim, mas a sorte também tem ajudado o Guarani
Evolução sim, mas a sorte também tem ajudado o Guarani
Evolução sim, mas a sorte também tem ajudado o Guarani
Saudoso narrador de futebol Pereira Neto, da antiga Rádio Educadora de Campinas, usava com frequência o bordão ‘os números não mentem jamais’, quando enfatizava placar de jogo durante transmissão de jogo.
Pois os números não mentem jamais sobre a ótima performance de aproveitamento do Guarani nos últimos quatro jogos, após a contratação do treinador Felipe Conceição nesta Série B do Campeonato Brasileiro, com conquista de dez pontos.
Apenas o América Mineiro superou o Guarani na empreitada dos últimos quatro jogos, com quatro vitórias. Até a líder Chapecoense somou oito pontos dos 12 disputados.
Teria o Guarani mudado da água pro vinho?
Calma. Ainda bem que o espaço de partilhamento de opiniões do Blog do Ari é composto por bugrinos conscientes, que não se deixam levar pelo sopro do vento.
EVOLUÇÃO
Lógico que houve evolução da equipe comparativamente aquela balbúrdia da era treinador Ricardo Catalá, mas há um caminho a se percorrer para que se sele a estabilidade.
Sabiamente o parceiro Profeta da Tribo opina: “O Conceição arrumou o time do Guarani. Defensivamente, as medidas tomadas deram certo. Bruno Silva de primeiro volante, Gabriel Mesquita estabilizado no gol, linhas mais compactadas e marcação alta. Ofensivamente, é incrível como Crispim cresceu de produção, jogando mais próximo da área, tendo liberdade de movimentação e carregando bem a bola”.
REBAIXAMENTO
A despeito da recuperação, bugrinos como Jhon e Léo-PR ainda não observam a equipe distante do risco de rebaixamento, e se dispõem a aguardar a sequência de jogos.
Irônico Jhon, que inferniza pontepretanos e igualmente é crítico ácido pela montagem do elenco bugrino, destaca que a sorte abraçou o time.
Tem lógica a observação. Durante a fase ruim ela teimava em persegui-lo, pois claras oportunidades de gols criadas resultavam ora em erro de pontaria, ora em defesas difíceis de goleiros adversários.
Aí, os deuses dos estádios começaram a olhar para o Guarani a partir do jogo com o CRB, que veio a Campinas desfalcado de meio time.
Claro que a oportunidade teria que ser aproveitada e foi, marcando início do processo de recuperação.
CUIABÁ
O Cuiabá jogou com um homem a menos a partir dos 44 minutos do primeiro tempo contra o Guarani, em Campinas, com a expulsão do volante Luiz Gustavo.
Igualmente o Guarani soube tirar proveito da situação e venceu por 1 a 0.
Foi o bastante para desanuviar o ambiente, mas o empate diante do Vitória, comemorado por ter sido alcançado no campo do adversário, poderia ter sido melhor diante de um adversário irregular, que na rodada passada perdeu para o penúltimo colocado Botafogo por 2 a 1, em Ribeirão Preto.
AVAÍ
Claro que a vitória sobre o Avaí tem que ser festejada, mas recentemente esse time catarinense sofreu goleada por 3 a 0 do Juventude, em Caxias do Sul.
E há que se considerar que o Avaí doou dois gols para o Guarani.
Jamais pode-se tirar o brilho da jogada do meia Lucas Crispim por ocasião do primeiro gol, mas numa disputa pelo alto em situação de igualdade, o lateral-direito Iury, do Avaí, de 1,75m de altura, perdeu a disputa para Júnior Todinho, 1,71m.
No segundo gol, a cabeçada do zagueiro Romércio foi fraca e os jogadores Felipe e Alan Costa estavam na bola para interceptação, mas se atrapalharam.
Afora isso, coloque na conta do goleiro bugrino Gabriel Mesquita a prática de duas defesas com nível de dificuldades.
MEIO DA CLASSIFICAÇÃO
Sem jamais julgar demérito na vitória de domingo, está claro que a sorte mudou de lado como citou o parceiro Jhon.
Se o Guarani não tem potencial para brigar na ponta de cima da classificação, claro está que seu lugar é no meio desta tabela.
Quanto a contundência no ataque cobrada pelo parceiro Luiz Otto Heimpel, a confiança restabelecida pelas vitórias pode implicar em melhoramento ofensivo, sim.