Estudo da Fifa põe Messi como craque da Copa e elege Griezmann 'motor' da França

O argentino tem levado a Argentina aos melhores jogos

Messi Argentina Holanda
Messi desequilibra contra a Croácia. (Foto: Divulgação / FIFA)

São Paulo, SP, 12 – Messi é a referência de qualidade na Copa do Mundo e Griezmann, o motor que dá estabilidade à França. Já o Marrocos se destaca pela parte tática e também por se multiplicar em campo, enquanto a Croácia tem, no vigor físico, uma de suas principais qualidades. Em sua última semana de competição e com quatro seleções na briga pelo título, a Fifa fez uma análise em cima do que aconteceu em campo para saber o que mudou desde o Mundial da Rússia até a edição atual do torneio.

Maior destaque da competição, de acordo com o técnico italiano Alberto Zaccheroni, membro do Grupo de Estudos da Fifa, o argentino Lionel Messi tem feito a diferença. “Seu torneio está sendo extraordinário. É um jogador que é protagonista das suas partidas.”

Messi Argentina Holanda
Messi marca de pênalti contra a Holanda (Foto: Divulgação / FIFA)

Com quatro gols marcados até aqui, ele é o goleador da sua equipe e está a um do artilheiro do torneio: o francês Mbappé. A versatilidade e a experiência são outros pontos que contam a favor deste veterano de 35 anos, que disputa a sua quinta Copa do Mundo.

“Tem feito um trabalho maravilhoso para se adaptar dependendo da partida. Nem sempre segue o mesmo roteiro. Às vezes opta por cobrir as costas da defesa e em outros casos atua na linha ofensiva mais alta”, afirmou Zaccheroni durante entrevista em Doha.

Protagonista da seleção francesa por ser o artilheiro isolado do torneio, Mbappé perdeu espaço para Griezmann. Com uma função de armador e marcador, o jogador do Atlético de Madrid chamou a atenção no estudo por ser o termômetro da equipe.

“Neste torneio ele joga mais atrás, o que significa ter qualidade para passar a bola no meio-campo. Tudo no time da França começa a partir dos seus pés até a bola chegar em Mbappé e Giroud. Griezmann é quem dá estabilidade à seleção”, concluiu Zaccheroni.

O grupo de estudo analisou outros pontos como o aumento da dinâmica das partidas. As cinco substituições, segundo Zaccheroni, possibilitam às seleções impor um ritmo físico maior. A Croácia, que passou por duas prorrogações, (nas oitavas, contra o Japão, e nas quartas, contra o Brasil) é enquadrada nesse caso.

“O elemento específico que mudou a dinâmica é o número de substituições permitidas (cinco). A Croácia chegou tão longe graças à qualidade do meio-campo, mas também porque manteve o vigor físico até o final”, disse Zaccheroni.

O semifinalista Marrocos, maior surpresa da Copa do Mundo, ganhou espaço na pesquisa pelo seu planejamento tático.

“A seleção marroquina fez um trabalho fantástico, reduzindo espaços na defesa. Dos quatro semifinalistas, é o time que tem defendido com mais intensidade e apresentou ainda uma grande resistência”, destacou.

Confira também: