ESPECIAL SELEÇÃO BRASILEIRA: 2023 começa com Ramon Menezes e termina com Diniz e incertezas
Todas esses incertezas refletiram em campo. Prova disso, é que a Seleção Brasileira entrou em campo nove vezes durante o ano - três amistosos e seis partidas válidas pelas Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2026
Ao todo, foram apenas três vitórias da Seleção Brasileira, um empate e incríveis cinco derrotas. Um aproveitamento de apenas 37%.
Campinas, SP, 31 (AFI) – É 2023 passou voando. Quer uma prova disso? Já faz mais de um ano que a Argentina conquistou o tricampeonato mundial em cima da França e dias antes, o Brasil acabou eliminado nas quartas de final da Copa do Mundo para a Croácia, nos pênaltis. Por isso, agora nós do Portal Futebol Interior, preparamos um especial para você, internauta, relembrar como foi toda a trajetória da Seleção Brasileira do dia desta eliminação até hoje, dia 31 de dezembro, último dia do ano.
De lá para cá, muitas coisas aconteceram na Seleção Principal, Tite acabou deixando o cargo de treinador. Ramon Menezes, técnico da seleção Sub-20 e pré-olímpica, dirigiu interinamente em alguns amistosos. Depois, Fernando Diniz foi contratado para o lugar para os primeiros jogos das Eliminatórias, com a expectativa de Carlo Ancelotti assumisse o cargo à partir de 2024. Mas, até agora, nada foi confirmado.
Já na gestão da CBF, o presidente Ednaldo Rodrigues foi deposto por conta de irregularidades em sua eleição, além disso seu mandato ficou marcada por polêmicas. Por isso, à partir de agora, vamos analisar e relembrar tudo o que aconteceu em 2023 na Seleção Principal.
Todas esses incertezas refletiram em campo. Prova disso, é que a Seleção Brasileira entrou em campo nove vezes durante o ano – três amistosos e seis partidas válidas pelas Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2026. Ao todo, foram apenas três vitórias, um empate e incríveis cinco derrotas. Um aproveitamento de apenas 37%.
AMISTOSOS COM RAMON DE TÉCNICO
O ano começou com um amistoso no dia 25 de março, contra o Marrocos, no Estádio Ibn Batouta, na cidade de Tânger, no Marrocos, e acabou com a derrota por 2 a 1. Na ocasião, comandada por Ramon Menezes, a seleção viu o rival, que havia sido semifinalista na Copa do Mundo passada, fazer valer entrosamento para vencer. Enquanto isso, neste jogo, houve uma renovação por parte do Brasil, com Andrey Santos e Rony, por exemplo, começando como titulares.
Depois disso, foram mais dois amistosos em junho em Data Fifa. O primeiro, no RDCE Estadium, em Barcelona, no dia 17, em um duelo que foi pautado pelo combate contra o racismo, se reabilitou ao golear a Guiné, por 4 a 1. ‘Em casa’, na Espanha, Rodrygo, Éder Militão e Vinicius Junior marcaram para a Seleção, além de Joeliton. Enquanto, Guirassy descontou.
Mas, três dias depois, no dia 20, mais uma derrota para uma seleção africana, agora em Portugal, no jogo que foi o último de Ramon Menezes no cargo. No estádio José Alvalade, em Porto, o Brasil até saiu na frente, mas com direito a dois gols de Sadio Mané, o Senegal venceu por 4 a 2. A última vez que a seleção brasileira havia sofrido três gols foi no fatídico 7 a 1 contra a Alemanha em 2014, mostrando mais uma vez a fragilidade atual.
NOVA ERA COM DINIZ E COMEÇO PÍFIO NAS ELIMINATÓRIAS
Focado em dar mais estrutura tática a Seleção Brasileira, a CBF anunciou Fernando Diniz para o cargo de técnico, no qual divide o comando do Brasil com seu trabalho no Fluminense. No primeiro jogo, mil maravilhas. Jogando no Estádio Mangueirão, recém reformado, em Belém, goleou a frágil Bolívia com 5 a 1. Dando uma falsa impressão ao torcedor.
Na rodada seguinte, mais uma vitória. Agora em cima do Peru, no Estádio Nacional de Lima, na capital peruana, agora por 1 a 0. Com gol marcado por Marquinhos já no final do segundo tempo, quando o duelo já parecia que iria terminar empatado. Até então, a Seleção Brasileira liderava as Eliminatórias com 100% de aproveitamento.
Mas, à partir dalí foi só ladeira abaixo. Nos duelos do mês de outubro, mesmo jogando em casa na Arena Pantanal, em Cuiabá, ficou apenas no empate por 1 a 1 com a Venezuela, sendo o primeiro tropeço na Era Diniz. Gabriel Magalhães, de cabeça, abriu o placar no segundo tempo, e Bello, em um golaço, deixou tudo igual.
O que parecia que estaria ruim, ficou ainda pior. Depois disso, foram três derrotas em três jogos, caindo para a atual sexta colocação nas Eliminatórias, com sete pontos. Para fazer uma comparação, o Equador que foi punido com a perda de três pontos antes mesmo do começo da competição, já está na frente do Brasil, em quinto, com oito.
Ainda em outubro, agora fora de casa, foi presa fácil para o Uruguai, no Estádio Centenário, em Montevidéo, perdendo por 2 a 0. O duelo ficou mercado pela lesão ligamentar do joelho direito de Neymar, que está tirando o craque brasileiro dos gramados por até nove meses. Neste dia caiu uma invencibilidade da Seleção Brasileira nas Eliminatórias, que já durava oito anos sem derrota na competição.
Em novembro, em mais uma Data Fifa, mais duas decepções. Agora sem Neymar em campo, perde para a Colômbia, em Barranquila, no dia 16, por 2 a 1, de virada. Gabriel Martinelli até abriu o placar no começo do jogo, mas com dois gols de Luis Díaz, os colombianos venceram a partida.
Já no Maracanã, no jogo de despedida do ano, no duelo que pode ser o último de Messi no Brasil, a partida foi marcado por uma confusão de torcedores fora de campo e terminou com vitória dos nossos maiores rivais, por 1 a 0, com gol de Otamendi aos 17 minutos do segundo tempo.
OUTRAS MARCAS NEGATIVAS
Outras marcas negativas que vale ser lembras são: a pior posição no ranking da FIFA dos últimos sete anos. Na última atualização da entidade em 2023, o Brasil terminou o ano na quinta colocação, caindo duas posição em relação a última classificação, graças ao desempenho pífio do ano. A última vez que a seleção tinha ficado em um lugar tão baixo do ranking foi em 2016, quando foi nono.
O setor defensivo também foi muito abaixo do esperado. Neste ano, em nove jogos disputados, foram nove gols sofridos, uma média de 1,55 gol sofrido por partida. Desde 1964, o Brasil não sofrida tantos gols como em 2023. Nem mesmo em 2014, quando levou o 7 a 1 da Alemanha, o desempenho defensivo foi tão ruim desta forma.
O QUE VIRA PELA FRENTE?
2024 tende a ser um ano de respostas para Seleção Brasileira. Afinal, a próxima Copa do Mundo, que será realizada nos Estados Unidos, Canadá e México em 2026, vai se aproximando. Carlo Ancelotti será mesmo oficializado mesmo com a saída de Ednaldo Rodrigues da presidência? Fernando Diniz seguirá no cargo? São respostas que só o tempo irá trazer.
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