ESPECIAL MUNDIAL DE CLUBES: Real Madrid se consagra e América do Sul decepciona
Em Abu Dhabi, o Real Madrid venceu o Al Ain, time da casa, por 4 a 1 e levantou a terceira taça consecutiva
O Mundial de Clubes de 2018 era tudo que a FIFA precisava para aprovar as mudanças na competição
São Paulo, SP, 23 (AFI) – O Mundial de Clubes de 2018 era tudo que a FIFA precisava para aprovar as mudanças na competição. Isso porque o resultado confirmou a total hegemonia da Europa, principalmente da Espanha, que ganhou sete das 15 edições realizadas desde 2000. Em Abu Dhabi, o Real Madrid venceu o Al Ain, time da casa, por 4 a 1 e levantou a terceira taça consecutiva, já que também foi campeão em 2016 e 2017.
Por outro lado, o futebol sul-americano vive um dos seus piores momentos, minguando para mercado até então periféricos, como África e Ásia. O último campeão do nosso continente foi o Corinthians, em 2012, que bateu o Chelsea. Desde então, o Atlético-MG caiu para o Raja Casabranca, do Marrocos, em 2013, o Atlético Nacional perdeu para o Kashima Antlers, do Japão, em 2016 e neste ano o River Plate perdeu para o Al Ain, do Emirados Árabes.
Por outro lado, em 2014 o argentino San Lorenzo chegou na final do Mundial contra o Real Madrid, mas perdeu por 2 a 0. No ano seguinte, em 2015, foi a vez do compatriota River Plate perder para o Barcelona por 3 a 0. Por fim, em 2017, o brasileiro Grêmio chegou cheio de moral para enfrentar o Real Madrid, mas perdeu por 1 a 0 com gol de falta de Cristiano Ronaldo e também ficou apenas com o vice-campeonato.
EM 2018
Ainda na primeira fase do Mundial de Clubes, o Al Ain recebeu o Team Wellington, da Nova Zelândia, sonhando em avançar pelo menos da primeira fase. O time da casa saiu perdendo de 3 a 0 no primeiro tempo, mas conseguiu buscar o empate na etapa final e ainda venceu nos pênaltis, por 4 a 3, avançando para as quartas de final. Contra o Espérance, da Tunísia, venceu fácil: 3 a 0 com show do brasileiro Caio, classificando para a semifinal.
Do outro lado da chave, o Kashima Antlers bateu o Chivas, do México, por 3 a 2, e também avançou. Os japoneses não tiveram a menor chance e perderam para o Real Madrid por 4 a 1, mas o Al Ain ainda deu trabalho. Contra o River Plate, jogou de igual pra igual e conseguiu arrancar o empate por 2 a 2. Nos pênaltis novamente brilhou a estrela do goleiro Khalid, que colocou o clube árabe em uma inesperada final de Mundial de Clubes.
Na final veio o fim do sonho: o Real Madrid jogou fácil e venceu por 4 a 1, aproveitando os espaços dados pelo Al Ain, que pecava na marcação. Já na decisão do terceiro lugar o River Plate também não deu a menor chance para o Kashima Antlesr e venceu por 4 a 1. Gareth Bale fechou o Mundial maior do que entrou, já que conseguiu mostrar a sua estrela e aos poucos começa a acalmar as criticas de uma parte da torcida espanhol.
MUDANÇAS?
Justamente pela ‘falta de competitividade’, a FIFA está estudando mudar o formato do Mundial de Clubes. O futebol sul-americano já não tem a força de outrora e não consegue fazer frente aos clubes africanos e asiáticos, quem dirá europeus. Uma das ideias é fazer a competição só a cada quatro anos, com 24 participantes, sendo que 12 vagas seriam para a UEFA e apenas cinco para a Conmebol – o formato seria parecido com a Copa do Mundo.