ESPECIAL LIGA EUROPA: Atropelo na final e título invicto para o Chelsea
Decisão no Azerbaijão teve despedidas, arquibancadas vazias e ausência de jogador por questões políticas
Decisão no Azerbaijão teve despedidas, arquibancadas vazias e ausência de jogador por questões políticas
Campinas, SP, 31 (AFI) – Quem não tem cão… O ditado popular serviu muito bem ao Chelsea na temporada passada. Fora da Liga dos Campeões, o clube inglês investiu pesado em sua participação na Liga Europa e se deu bem. Os Blues foram campeões invictos da UEL e com direito a atropelo em cima do rival Arsenal (4 a 1). A decisão ocorreu no Estádio Olímpico de Baku, no Azerbaijão.
O time do técnico Maurizio Sarri realizou 15 partidas até levantar o troféu. Foram 12 vitórias e três empates, além de 36 gols a marcados e dez tentos sofridos. Aproveitamento de 86,7%. O Chelsea ainda obteve o melhor ataque da edição 2018/2019 do torneio da UEFA.
Líder do grupo que tinha BATE Borisov-BLR, Vidi-HUNe PAOK-GRE, o Chelsea eliminou no mata-mata Malmö-SUE, na segunda fase, Dynamo Kyiv-UCR, nas oitavas, Slavia Praha-CZE, nas quartas, Eintracht Frankfurt-ALE, nas semifinais e nos pênaltis, e Arsenal-ING, na final.
ADEUS!
A final ainda marcou a despedida do belga Hazard. Autor de dois gols na final. “Acho que é a hora de dizer adeus. Realizei meu sonho de jogar na Premier League e agora quero partir para novos desafios”, disse ele na oportunidade.
Outra despedida, mas definitiva, foi do goleiro checo Petr Cech. Aos 37 anos, o “homem do capacete” pendurou as luvas. Apesar de ter atuado pelo Arsenal, Cech é ídolo do Chelsea. Ele atuou por Sparta Praga, Rennes, Chelsea e Arsenal. Pelos Blues, o goleiro foi campeão da Liga dos Campeões de 2011/12, da Liga Europa de 2012/13, obteve quatro títulos do Campeonato Inglês, quatro Copas da Inglaterra, três Copas da Liga Inglesa e duas Supercopa da Inglaterra.
BAGUNÇA!
A decisão em Baku teve arquibancadas vazias. A UEFA separou apenas seis mil ingressos para os torcedores dos dois finalistas. Ao todo, 13 mil entradas ficaram encalhadas. Afinal, 14.500 ingressos foram destinados aos convidados da UEFA e nada menos do que 37.500 para o público em geral.
Como se isso não bastasse, a final ainda teve outro episódio lamentável. O meia armênio Mkhitaryan, do Arsenal, não pôde participar da final por questões políticas. O Azerbaijão, país-sede da decisão, não tem relações diplomáticas com a Armênia há 25 anos, e nem os donos da casa e muito menos a UEFA garantiram a segurança do jogador. Assim, Mkhitaryan, temendo por sua vida, não viajou.