ESPECIAL LIBERTADORES FEMININA: Brasileiras predominam o cenário na América
As Palestrinas levantaram a taça em 2022 após uma campanha impecável
As equipes brasileiras são as maiores campeãs da Copa Libertadores Feminina
Campinas, SP, 31 (AFI) – Quem tem mais, tem 11! De todas as 14 edições da Copa Conmebol Libertadores Feminina, onze delas foram vencidas por equipes brasileiras.
Em 2022, o Palmeiras conquistou o título inédito da competição ao vencer o Boca Júniors na final, encerrando uma belíssima campanha das Palestrinas. Em sua primeira participação no torneio continental, o Verdão foi campeão com uma campanha impecável de 100% de aproveitamento das meninas do time da capital paulista.
A temporada vitoriosa é reflexo da retomada do futebol feminino do clube. Desde 2019, o Palmeiras foi campeão da Copa Paulista, em 2019 e em 2020, além de terem chegado ao vice-campeonato do Campeonato Brasileiro em 2021.
Isso é só uma amostra da hegemonia do Brasil na Conmebol Libertadores Feminina. O triunfo do Palmeiras só cravou a predominância das equipes brasileiras no torneio, que agora somam 11 títulos:
São José (3) – 2011, 2013 e 2014
Corinthians (3) – 2017, 2019 e 2021
Santos (2) – 2009 e 2010
Ferroviária (2) – 2015 e 2020
Palmeiras (1) – 2022
As outras equipes que já levantaram a taça do torneio foram: Colo-Colo (Chile), Sportivo Limpeño (Paraguai) e Atlético Huila (Colômbia).
FARO DE GOL
A edição da Copa Libertadores Feminina de 2022 já foi histórica por si só. Mas, para além disso, foi uma temporada para bater recordes.
A atacante Catalina Usme, do América de Cali, chegou a 31 gols marcados no torneio e se tornou a maior artilheira da história da competição continental.
Desse total, 19 foram enquanto a jogadora defendeu o Formas Íntimas, 4 pelo Independiente de Santa Fé e 9 com o América de Cali. Ela também é a atleta que mais marcou pela seleção colombiana, somando 37 tentos. Em 2018, inclusive, foi a maior goleadora da Copa América.
Esse ranking é seguido por outra estrela: Cristiane, do Santos, que tem 29.
Outro destaque da competição neste ano foi Rebecca Fernandes, do Universidad de Chile. A atacante anotou 5 gols ao longo do torneio e foi coroada a artilheira desta edição.
5 VEZES DONA DA AMÉRICA
Essa marca definitivamente não é para qualquer um. A Poliana, que hoje atua como lateral-direita do Palmeiras, conquistou a América cinco vezes. Sim, cinco vezes!
A defensora chegou ao Verdão em agosto deste ano, depois de disputar a primeira fase do Brasileirão pelo São José. No time da capital, se tornou a primeira mulher a conquistar cinco títulos da Conmebol Libertadores, ficando a apenas um de igualar o feito de Francisco Sá, argentino que foi seis vezes campeão da Liberta.
Além disso, Poliana também acumula 3 gols em 3 decisões do torneio. Com essa marca, ela é a quinta campeã da Copa Libertadores Feminina que venceu todos os jogos disputados pelo Santos (2009 e 2010), São José e Corinthians.
BRASILEIRAS IMPARÁVEIS
O título conquistado pelo Palmeiras mantém o feito de que equipes brasileiras nunca foram derrotadas nas finais da competição. Foram 9 vitórias e 3 empates durante os 90 minutos.
O placar de 4 a 1 na decisão contra o Boca Júniors também representou um triunfo. O placar elástico na final só fica atrás do 9 a 0 do Santos sobre o Universidad Autónoma (2009), e do 5 a 1 do São José diante do Caracas (2014).
PRÓXIMA EDIÇÃO
No último dia 1º de outubro, a Conmebol divulgou o calendário da Libertadores Feminina de 2023. Com sede na Colômbia, a competição será disputada entre os dias 5 e 21 de outubro do próximo ano, e tem novidade brasileira na edição.
Após uma campanha histórica com o vice-campeonato do Brasileirão, o Internacional está garantido na próxima edição da Conmebol Libertadores Feminina. Essa será a primeira participação das gurias coloradas no torneio.
Outra novidade é um aumento na premiação do clube campeão. Quem levantar a taça de 2023 garante US$ 1,5 milhão (R$ 8,5 milhões), enquanto o vice ficará com US$ 500 mil (R$ 2,8 milhões).
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