ESPECIAL FUTEBOL OLÍMPICO: Sem Neymar e Tite, Brasil é bicampeão em Tóquio
A seleção brasileira não sentiu falta de Neymar e conquistou o lugar mais alto do pódio
Campinas, SP, 25 (AFI) – O Brasil tomou gosto em conquistar medalhas de ouro nas Olimpíadas. O bicampeonato do futebol veio até certo ponto com tranquilidade. Sem Neymar e Tite, a seleção de André Jardine contou com outro talentos para subir ao lugar mais alto do pódio mundial. O futuro é interessante, mas necessita ser lapidado.
Na primeira fase, o Brasil começou em um jogo eletrizante vencendo a Alemanha por 4 a 2, com direito a show do atacante Richarlison, destaques dos Jogos Olímpicos. Ele fez três gols só na estreia. O duelo foi uma reedição da última final, tendo a equipe canarinha como vencedora nos pênaltis.
Na segunda rodada, o Brasil pegou a Costa do Marfim, que não deu moleza e segurou um empate sem gols. A classificação, no entanto, foi selada com um triunfo por 3 a 1 para cima da Arábia Saudita. Nas quartas de final, Matheus Cunha marcou e a seleção bateu o Egito por 1 a 0, avançando à semifinal.
Naquele dia três de agosto, para muitos, aconteceu o duelo mais duro das Olimpíadas. O Brasil não conseguiu passar pelo México, sofreu certa pressão e acabou levando o duelo para os pênaltis, após empate sem gols. O goleiro Santos e a sorte levaram a seleção canarinho novamente à decisão.
Pela frente, a Espanha, que fez campanha mediana na fase inicial. Empatou com Egito (0 a 0) e Argentino (1 a 1). Ganhou da Austrália por 1 a 0 e foi fazer a sua melhor partida na vitória por 5 a 2 diante da Costa do Marfim. Na semifinal, eliminou o Japão com vitória por 1 a 0.
A final foi uma decisão de tirar o chapéu. O Brasil abriu o placar com Matheus Cunha e a Espanha empatou com Oyarzabal. O gol da vitória saiu na prorrogação com dedo de Jardine. Antony puxou contra-ataque e deu belo passe para Malcom fazer 2 a 1 e levar a seleção brasileira ao ouro olímpico.
Sem o futebol burocrático do técnico Tite e as crises de Neymar, o Brasil conseguiu bater seu objetivo e abriu novos leques para dentro da equipe.
ARTILHEIRO
Richarlison passou em branco, mas foi o artilheiro das Olimpíadas com cinco gols. Ui-Jo Hwang, da Coreia do Sul, Gignac, da França, e Córdova, do México, fizeram quatro cada. Matheus Cunha marcou em três oportunidades.
POLÊMICAS
Como não podia deixar de ser, a seleção brasileira esteve no meio de algumas polêmicas. Daniel Alves cobrou publicamente o São Paulo e causou um mal-estar no clube. Mais tarde, o lateral deixou o Tricolor para retornar ao Barcelona, da Espanha, mesmo sem apresentar um futebol que o fez ser melhor lateral do mundo em algumas oportunidades.
Além disso, o Brasil subiu ao pódio sem o tradicional agasalho e causou revolta do COB. Pelas regras, todos os atletas devem usar o material da Peak, patrocinadora da entidade, no pódio e nas cerimônias. Mas a soberba da CBF fez com que fossem apenas com o uniforme da Nike, patrocinadora dessa entidade.
“O Comitê Olímpico do Brasil repudia a atitude da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e dos jogadores da seleção de futebol durante a cerimônia de premiação do torneio masculino”, escreveu o COB.
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